O candidato à Presidência da República, Marques Mendes, considerou hoje no Porto uma não questão Portugal ter de dar esclarecimentos ao Irão pelo uso, pelos Estados Unidos, da Base das Lajes, nos Açores.
Em declarações à margem da festa de São João promovida pela Câmara do Porto e, o candidato desdramatizou o acento tónico colocado pelo embaixador do Irão, Majid Tafreshi, que disse hoje que vai pedir esclarecimentos ao governo português sobre a utilização da Base das Lajes.
“Isso é uma falsa questão. Toda a gente sabe que há décadas há um acordo que permite que os americanos usem a Base das Lajes. Isso já é público e é notório. Quer dizer, o embaixador do Irão pode fazer aquilo que entender, mas não pode mudar os factos”, acrescentou Marques Mendes.
Sobre o conflito no Médio Oriente admitiu que o “risco é enorme” razão porque “todas as partes, os Estados Unidos, Europa, o Irão e o mundo árabe, devem fazer um esforço para baixar esta tensão”.
“Acho que é clarinho que o Irão não pode ter armas nucleares. Agora, a forma mais eficaz e mais segura de resolver este problema é provavelmente pela via da negociação, pela diplomacia, envolvendo as várias partes, mas também com a ajuda da União Europeia, dos países árabes moderados, porque são pacificadores”, continuou.
Apelando a um “grande esforço” conjunto, Marques Mendes salientou que a sua posição sobre o conflito “é, em grande medida igual à da União Europeia no sentido de defender uma solução negociada, por via da diplomacia”.
“O caminho não pode ser pela via da violência, tem que ser por via da diplomacia”, insistiu o candidato.