Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE) e candidata à liderança do partido, diz-se perseguida, em particular pelo Chega, por “ser uma mulher lésbica” e “filha de um resistente antifascista”.
No espaço de opinião “Linhas Vermelhas”, na SIC Notícias, a bloquista referiu que foi alvo de três processos judiciais, um pelo CEO da Global Media, Marco Galinha, e “duas outras ações por um membro destacado do Chega”.
“No último ano foram movidas três ações judiciais contra mim. Uma por Marco Galinha e duas outras ações por um membro destacado do Chega que, aliás, como curiosidade, convoca Marco Galinha como testemunha de acusação nestes processos. Ambos processos foram arquivados, sendo o último na sexta-feira”, referiu a deputada.
E acrescentou: “Eu sei que este tipo de pressão e perseguição política vai continuar e vai até subir de tom e de nível seja por ser mulher, por ser de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista, seja porque aparentemente tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder”.
Entretanto, o presidente do Chega, André Ventura, já reagiu no Twitter.
Mariana Mortágua, eu não quero saber se és lésbica ou trans, ou outra coisa qualquer, mas se recebes dinheiro público indevido ou acumulas salários de forma ilícita enquanto deputada, isso já me preocupa! pic.twitter.com/Gyr3unI33e
— André Ventura (@AndreCVentura) April 24, 2023
“Não quero saber se és lésbica ou trans, ou outra coisa qualquer, mas se recebes dinheiro público indevido ou acumulas salários de forma ilícita enquanto deputada, isso já me preocupa!”, escreveu André Ventura.