Marega regressa a Guimarães após caso de racismo e Sérgio Conceição comenta

Futebol

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, garantiu hoje que o estado anímico de Marega, naquele que será o regresso do avançado a Guimarães, palco onde, na época passada, foi alvo de um episódio de racismo. As equipas defrontam-se esta terça-feira para a 11.ª jornada da I Liga de Futebol.

“Sinto-o bem. Não houve comentários sobre isso. É um problema que sabemos que, infelizmente, existe, mas não afetou aquilo que foi a preparação para o jogo, nem da parte do Marega, nem dos outros jogadores, nem da minha. É um problema que existe, mas que nesta preparação não é um problema”, garantiu.

O caso remonta a 16 de fevereiro último, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, durante o jogo de futebol entre o Vitória SC e o FC Porto, a contar para a 21.ª jornada da I Liga de futebol da temporada 2019/20.

Pedro Proença critica decisão do tribunal sobre adepto do Vitória no ‘caso Marega’

Por volta do minuto 70, pouco depois de ter marcado um golo, Marega pediu para ser substituído e acabou mesmo por abandonar o relvado, agastado com cânticos de natureza racista que lhe estavam a ser dirigidos por adeptos do Vitória, com sons a imitar macacos.

O Jornal de Notícias (JN) noticiou na semana passada que o referido tribunal anulou a multa a um adepto encapuzado dos minhotos no jogo do ‘caso Marega’, futebolista do FC Porto que foi vítima de insultos racistas numa partida disputada em meados de fevereiro.

A Autoridade para a Prevenção e o Combate da Violência no Deporto (APCVD) acusou o adepto de, ao colocar o capuz do casaco, pretender esconder a cara, violando a lei, multando-o em 750 euros, mas o arguido recorreu da condenação na primeira instância e viu agora o Tribunal da Relação de Guimarães dar-lhe razão, de acordo com o JN.

Vitória critica Proença pelo “desrespeito” do tribunal no jogo do ‘caso Marega’

Segundo o diário, os juízes entenderam que o ato de fechar um casaco com capuz incorporado “não é suficiente para o preenchimento do preceito incriminador”, já que é um comportamento que ocorre “na normalidade”, não sendo possível associar “ao propósito de tal ação” que levou à acusação.

Pedro Miguel Carvalho, advogado do adepto, disse ao JN que a acusação “era ridícula” e a multa “injusta”, considerando que a decisão da relação é “uma pequena vitória contra a cruzada justiceira da APCVD contra adeptos do Vitória e o Vitória”.

Por seu turno, contactada pelo jornal, a autoridade referiu que “respeita e não comenta decisoes das autoridades judiciárias”.

O FC Porto, terceiro classificado, com 22 pontos, desloca-se na terça-feira ao terreno do Vitória SC, quinto, com 19, numa partida agendada para as 21:00 e que terá arbitragem de Hélder Malheiro, da Associação de Futebol de Lisboa.

 
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