Os profissionais de educação das escolas do distrito de Viana do Castelo realizaram uma marcha lenta, esta tarde, na Ponte Eiffel, em Viana do Castelo.
Começou às 06:23 e, à mesma hora, decorreu em vários pontos do país, nomeadamente na Ponte 25 de Abril, em Lisboa.
Em comunicado, a comissão organizadora referiu que a concentração foi organizada de “forma espontânea, ao invés dos tradicionais eventos organizados pelos sindicatos”.
“Nesta concentração estiveram presentes vários profissionais da Educação, sempre de forma civilizada e
ordeira e onde também ingressaram muitos encarregados de educação, alunos e apoiantes do movimento oriundos de vários pontos do distrito de Viana do Castelo”, lê-se na nota enviada a O MINHO.
Estes docentes dizem que os “avanços negociais” referidos pelo Ministério da Educação são “propaganda”. “A verdade é que os docentes continuam a manifestar um enorme descontentamento com as políticas educativas deste Governo, que têm levado à indesmentível fuga de professores e ao abandono da carreira. Todos os principais assuntos que os profissionais da educação consideram fundamentais ainda não foram sequer abordados pela tutela, que continua a adiar e a não acolher as reivindicações e propostas apresentadas pelos professores”, aponta.
E concluiu: “Entre estas ‘linhas vermelhas’ conta-se a passagem da gestão de Recursos Humanos (onde se inclui os professores) para um colégio de QZP (1.º com a designação das CIM – Comunidades Intermunicipais e depois sob o nome de Colégio de Diretores) utilizando critérios pouco transparentes. Teme-se uma politização da Educação e a admissão de professores com base em partidos, ‘cunhas’, pelo que esta é uma linha vermelha que se tornou a ‘gota de água’ na revolta dos docentes”.