O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que é preciso encontrar respostas rápidas para os problemas na emergência médica, ressalvando não querer comentar negociações em curso nem casos concretos.
Questionado sobre a situação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), à saída da Culturgest, em Lisboa, o chefe de Estado começou por evitar abordar o tema: “Eu não gosto de falar de problemas específicos da governação ou da Administração Pública, mesmo quando são muito urgentes ou prementes, como é o caso do INEM”.
Questionado, a seguir, sobre as reivindicações sindicais dirigidas ao Governo PSD/CDS-PP, argumentou que não lhe cabe falar “sobre o que está em curso, os contactos em curso”.
“O que eu posso desejar é que se encontre a melhor solução, a pensar nos portugueses, nas portuguesas que têm – todos nós temos, mas há quem tenha mais, e em condições de maior pobreza, maior dificuldade, maior distância – problemas de saúde, de emergência no domínio da saúde, que, como o nome diz, são mesmo de emergência e exigem uma resposta”, afirmou.
Interrogado se, tendo em conta o que está a acontecer, se pode estar descansado, o Presidente da República respondeu: “Não, por isso é que convém, nesta matéria, no mais rápido período de tempo possível, encontrar soluções, neste como noutros casos, que permitam ultrapassar os obstáculos que existem”.
Confrontado com as mortes por falta de socorro do INEM, Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha acabado de discursar no 13.ª Congresso Nacional da Administração Pública, não quis comentar “casos concretos”, mas defendeu, em termos gerais, que “mais vale prevenir do que remediar”.
“Isso é aquilo que, a todo momento, todos os que têm responsabilidades administrativas e políticas são chamados a tentar resolver, porque os problemas multiplicam-se e agravam-se com o tempo, e é urgente encontrar respostas rápidas”, acrescentou.