A arquiteta paisagista Manuela Raposo Magalhães recebe hoje o Prémio Gonçalo Ribeiro Telles Ambiente e Paisagem 2022, no dia de aniversário do arquiteto, que morreu em 2020, e, por esse facto, instituído como Dia Nacional dos Jardins.
O prémio seria entregue no auditório dos Paços do Concelho de Ponte de Lima, que hoje inaugura a 18.ª edição do Festival Internacional de Jardins, com o tema “Jardins Saudáveis”.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Causa Real e do júri do galardão fundamentou a escolha de Manuela Raposo Magalhães “por toda uma carreira profissional ligada ao ambiente e à paisagem”.
“Manteve, durante anos, uma colaboração com arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles. Tem desempenhado vários cargos administrativos ligados à defesa do ambiente e da paisagem, colaborado com inúmeras câmaras municipais. Foi professora no Instituto Superior Técnico e é professora no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e criou a primeira unidade de investigação aplicada na arquitetura paisagística”, destacou José Cortez Lobão.
O responsável destacou ainda os “trabalhos muito interessantes” que a arquiteta paisagista desenvolveu na área do ambiente.
“Tem uma imensidão de trabalhos ao longo da sua vida profissional que mereceram a atenção do júri do prémio que, em 2022, decidiu atribuir-lhe a distinção. O prémio não é atribuído por um trabalho isolado, mas sim por toda uma carreira profissional ligada ao ambiente e à paisagem”, sublinhou.
O prémio, que pretende distinguir anualmente personalidades de destaque nas áreas do ambiente e da paisagem e com percursos de vida ligados ao serviço cívico, foi criado em 2019, sendo uma iniciativa conjunta do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, da Ordem dos Engenheiros, da Causa Real e da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas.
A atribuição do prémio foi revelada, em fevereiro, durante a conferência “Scapefire: Mudar para Prevenir”.
Segundo o júri do prémio, a arquiteta paisagista Manuela Raposo Magalhães “é uma das responsáveis pelo conhecimento referente aos instrumentos de sustentabilidade ecológica essenciais ao planeamento, regulamentação e gestão da paisagem em Portugal”.
Na primeira edição, em 2019, o prémio foi atribuído à arquiteta paisagista Teresa Andersen e em 2020 foram reconhecidos o antigo vereador do Ambiente da Câmara de Lisboa José Sá Fernandes e a arquiteta paisagista e professora da Universidade de Évora Aurora Carapinha.