Artigo do Instituto Internacional Familiaris Consortio
Da Militia Sanctæ Mariæ – Companhia regular e militante dos Cavaleiros de Santa Maria e que tem como finalidade, ser instrumento na evangelização do mundo contemporâneo
A nossa civilização entrou em colapso há já uns anos. Estamos numa “rampa deslizante” que nos empurra para a destruição dos valores humanos que demoraram séculos a definir e defender. Um dos valores humanos supremos é, sem dúvida, o valor da dignidade de toda a vida humana: da conceção até à morte natural.
O direito à vida é o maior e o primeiro direito humano fundamental. Este tem sofrido ataques constantes e a coberto da lei que os torna legais, mas não morais!
Tem-se assistido, nos últimos anos, a campanhas sistemáticas, usando eufemismos, para a legalização da EUTANÁSIA, com o falso pretexto de que é preciso dar cobertura legal a uma “morte assistida e digna”, como se estas duas características não fossem o desejo de todos os humanos: ter uma morte acompanhada, assistida, por quem se ama e que essa morte tivesse dignidade, respeito por cada pessoa. Mas não. O que se veicula a toda a hora é de que é preciso dar cobertura legal para que se mate uma pessoa que por variadas razões (próprias ou alheias!) acha que a sua vida deve terminar.
Ou seja, desejam, alguns, fazer retroceder a nossa cultura humanista, em nome da liberdade, permitindo que a lei dê cobertura ao suicídio/assassínio de um ser humano.
A legalização da Eutanásia é, pois, um retrocesso civilizacional e uma agressão aos direitos humanos.
Com ou sem legalização da Eutanásia o nosso Instituto não vai deixar cair os braços: uma batalha perdida, se for o caso, não é uma guerra perdida. O nosso empenhamento pela defesa da vida humana não vai esmorecer. Continuaremos a promover uma cultura da vida e uma civilização do amor. Esta é uma das razões da nossa existência: defender, sempre, a vida humana desde o seu momento inicial, a conceção, até à morte natural.
Esperamos, contudo, que o Parlamento dê um testemunho de empenhamento pela vida contra a Eutanásia.
Esperamos vivamente que os decisores políticos se empenhem real e efetivamente na implementação de uma rede eficaz e de cobertura geral, em que haja lugares disponíveis para quem precisa, de cuidados continuados e paliativos que propiciem a qualidade exigível para todos os seres humanos em sofrimento. É este, ou deve ser este, o mais belo sinal que o Parlamento deve enviar à sociedade na promoção e defesa da dignidade da vida humana.
O Instituto Internacional Familiaris Consortio
Braga, 24 de maio de 2018
http://www.msm-portugal.org/