A megaoperação da GNR de Braga de há cinco meses teve esta quarta-feira desenvolvimentos com a prisão preventiva de mais um suspeito de tráfico de droga que foi apanhado em Vila Nova de Gaia, depois de em outubro do ano passado ter sido já detida a sua ex-mulher, no Porto.
Segundo as suspeitas da GNR, este detido, de 43 anos, seria o líder do grupo, uma versão que o próprio desmentiu, segundo o seu advogado, Manuel Grego Nazaré, do Porto.
Esta detenção do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Comando Territorial da GNR de Braga segue-se à megaoperação desencadeada já nos dias 07, 08 e 09 de outubro de 2017, nas cidades de Braga, Porto e Gaia, para além do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, onde um recluso com a alcunha “Ticlas” traficaria droga dentro daquela cadeia, segundo as investigações criminais em curso e a cargo da Guarda Nacional Republicana.
Na ocasião foram realizadas 13 buscas domiciliárias, com a apreensão de 2.800 gramas de haxixe, suficientes para cerca de cinco mil doses, de 1.242 porções de heroína, 1.050 doses de cocaína e duas plantas de canábis, para além de 6.344 mil euros, dez armas de fogo – uma pistola, três revólveres e seis caçadeiras – mais 1.380 munições, caixas de pólvora e dois sabres, cinco balanças de precisão eletrónica e igualmente dois automóveis.
Este último suspeito, de 43 anos, que residia no Bairro de Nuno Pinheiro Torres, na zona ocidental do Porto, foi surpreendido pela GNR de Braga, em Vila Nova de Gaia, quando estava a trabalhar a fazer o transporte contínuo de mercadorias para um centro comercial.
Sofia Fisher envolvida
Este processo envolve Sofia Fisher Rodrigues Cruz, também indiciada por alegado tráfico de droga, presa no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, o que causou há cinco meses alguma estupefação, porque se trata de uma família bastante famosa da cidade de Braga, porque o seu pai era dentista e a mãe professora de música.
Sofia Fisher Rodrigues Cruz foi detida pela GNR quando chegava à sua moradia, na Rua Calouste Gulbenkian, em São Victor, Braga, colaborado com os investigadores da GNR na busca à sua moradia, de vários pisos, mas negando qualquer envolvimento em tráfico de droga, assumindo ter um passado com toxicodependência, mas desmentindo o tráfico.
Na sua vivenda foram apreendidos, além de outros artigos, seis espingardas caçadeiras, além de 1.380 munições e três caixas de pólvora, numa operação liderada pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Comando Territorial da GNR de Braga, com o Grupo de Operações Especiais da Guarda Nacional Republicana e ainda do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, bem como a PSP de Braga, Porto e Gaia, além de militares oriundos da GNR de todo o Norte.
Os outros três suspeitos que ficaram em prisão preventiva que foram interrogados, são uma mulher, Cláudia, mais dois homens, conhecidos pelas alcunhas “Stones” e “Teo”, do Bairro Nuno Pinheiro Torres, e da zona da Ribeira, ambos moradores na cidade do Porto.
São suspeitos de abastecerem de droga um grupo de Braga, nomeadamente Nuno Dias (“Peras”), apanhado com droga quando voltava ao Bairro das Enguardas, em Braga, ido do Porto, na companhia do irmão Marco Silva, além de um amigo que servia de motorista.