Declarações após o jogo Boavista-Famalicão (3-0), da 22.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje no Estádio do Bessa, no Porto:
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– Jorge Silas (treinador do Famalicão): “Nas últimas 24 horas tivemos duas baixas importantes. O Patrick [Wililam] e o Gustavo [Assunção], que foi mesmo no aquecimento. Eram importantes na nossa organização defensiva e com quem contávamos para hoje.
De qualquer maneira, os jogadores que os substituíram estão capacitados para jogar. Mais do que ideias, faltou-nos agressividade nos duelos. Foi aí que sofremos o primeiro golo, numa bola parada, em que deixámos passar a bola no primeiro poste.
Já no segundo golo, o jogador do Boavista passa realmente por muitos jogadores do Famalicão e isso não pode acontecer numa equipa que está nesta posição. Não acho que tenha de reestruturar ideias, mas meter mais intensidade que é necessária nos duelos.
Sempre quisemos abrir o jogo, até porque jogámos com muita gente na frente. Ao intervalo, tirámos um defesa, que fazia linha de três, e apostámos no Diogo Figueiras. Na realidade, criámos ocasiões. Depois do 1-0, enviámos uma bola à trave e outra ao poste.
Se marcássemos, o jogo mudaria completamente. Houve ainda um segundo golo e a expulsão. É um resultado pesado por aquilo que fizemos. Não fizemos o 1-1 e sofremos numa transição do Boavista, em que tínhamos jogadores para fazer face ao lance.
Estando a perder, não faz sentido agarrarmo-nos ao 1-0 e ficar à espera de que alguma coisa caia do céu. Já nos íamos expor na primeira parte e a perder ainda mais”.
– Jesualdo Ferreira (treinador do Boavista): “Não posso considerar isto um ponto de partida [para a permanência], porque já partimos há algum tempo. Lembro-me que fui sempre um treinador otimista em relação ao nosso trabalho e ao que podemos ajudar.
De facto, estes jogadores precisam de ser ajudados. Independentemente das suas qualidades, chegou a um momento em que a qualidade já não resolvia os jogos e era necessário haver outros comportamentos de natureza emocional e tática.
Isso tem vindo a acontecer, mas ainda procuramos maior estabilidade emocional e confiança para jogar uma forma mais eficiente. Este jogo seguramente vai ajudar a servir de ponto de partida para que joguemos melhor e estejamos mais próximos do sucesso.
Direi que foi o Boavista mais equilibrado dos últimos jogos, nomeadamente em casa. Fomos capazes de ser uma equipa boa em Portimão e em Paços de Ferreira, no Marítimo e no Dragão, com todas as dificuldades que se têm quando se defronta aquela equipa.
Neste jogo fomos capazes de resistir quando necessário, jogar quando foi preciso e ser espertos nos momentos de encarar o nervosismo do adversário. Mudámos o sistema na segunda parte e sabíamos que essas eram as melhores condições para esse momento.
[Nuno Santos] Sofreu uma entorse provocada por uma entrada mais dura do adversário na primeira parte, mas ainda não é possível saber o grau de gravidade. Infelizmente, vai estar afastado durante algum tempo”.