A Associação Empresarial de Braga (AEB) está a dinamizar o projeto de formação profissional “Emprego + Digital”, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, que tem como objetivo “promover a (re)qualificação e a inclusão digital, através do desenvolvimento de ações de formação dirigidas às empresas e aos seus colaboradores”, foi hoje anunciado.
Ao longo deste projeto, serão desenvolvidas um total de 36 ações, promovendo a qualificação de mais de
580 profissionais.
Em comunicado, a AEB explica que o projeto surge para corresponder aos “desafios e oportunidades das empresas da região face aos atuais processos de transformação digital”.
Rui Marques, diretor geral da Associação Empresarial de Braga, destaca a importância da captação deste pacote financeiro. “Através do projeto será possível fazer a formação dos ativos das empresas nossas associadas, de forma gratuita”, afirma.
Olhando para o panorama regional, Rui Marques sublinha “os grandes desafios do ponto vista da digitalização das empresas”, explicando que “a maior lacuna que existe, atualmente, é a qualificação das
pessoas, dificultando as suas estratégias de digitalização”.
De forma a colmatar esta barreira, o diretor geral da AEB assegura que o “Emprego + Digital” vai “oferecer às empresas uma resposta para formarem as suas pessoas.”
A participação nas ações de formação é gratuita e tem vantagens quer para as empresas como para os seus profissionais. Através deste projeto, as entidades empregadoras têm a oportunidade de formar os seus quadros, de modo adequado às suas necessidades e a custo zero, cumprindo simultaneamente as 40 horas de formação contínua previstas no Código do Trabalho.
Para além destes incentivos, Rui Marques refere, ainda, que a grande vantagem do projeto “Emprego + Digital” é a sua flexibilidade. “Nós podemos fazer as formações em horário laboral ou pós-laboral, conforme as necessidades da empresa, adaptando-nos ao seu ‘modus operandi’. Outra questão relevante é o facto de podermos fazer as formações em ambiente intra-empresa ou inter-empresas. As ações ocorrem dentro da empresa, desde que esta tenha um número mínimo de 12 formandos, e assim é possível desenhar uma formação na área digital especificamente para as suas necessidades e objetivos, adaptando-a à empresa e fazendo-a no seu próprio espaço”, explicou, citado em comunicado.
No que diz respeito aos participantes, as vantagens recaem sobre a possibilidade do aperfeiçoamento das suas competências e qualificações individuais, bem como a obtenção de um certificado de formação profissional e eventual conquista gradual de uma qualificação profissional em competências digitais.
“O objetivo é tornar estes profissionais ágeis nas questões relacionadas com a transformação digital”, concluiu o diretor geral da Associação Empresarial de Braga.
Nestas ações de formação na área digital, os ativos empregados vão ter a oportunidade de aperfeiçoar ou atualizar os seus conhecimentos, quer ao nível das tecnologias da informação e comunicação, quer ao nível da operação digital de equipamentos e da sua manutenção, sem despender de qualquer encargo.
Totalmente financiadas, as formações garantem ainda a atribuição de um subsídio de alimentação no valor de 6€, por cada dia de formação frequentado fora do período normal de trabalho e numa duração mínima de três horas.