Declarações após o jogo Vitória SC – Floriana (4-0), da segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, disputado hoje no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:
– Rui Borges (Treinador do Vitória SC): “Queríamos entrar fortes e decidir a eliminatória o mais rapidamente possível. Sabíamos que, enquanto não fizéssemos um golo, o adversário ia ganhar vida, e ânimo, e ficar motivado. Fomos bastante competentes. O grupo entrou bastante rigoroso, com intensidade alta com bola ou sem bola, muito ativo na reação à perda. O grupo deu a resposta que queríamos. Não queríamos passar por dissabores. Não queríamos que o adversário pensasse que poderia passar a eliminatória.
Pedi para sermos muito sérios, para respeitarmos o adversário. Com o passar do tempo, fomos perdendo intensidade. É normal. Estes jogos vão-nos dar maior capacidade física. Preparámo-nos com jogos-treino para termos andamento. A resposta da equipa tem sido fantástica diariamente. A moldura humana [20.101 espetadores] também foi fantástica. Estou muito feliz pelo jogo que fizemos.
O Telmo [Arcanjo] vem de um ano a trabalhar imenso [após lesão que o afastou da competição]. Ele tem trabalhado muito bem e precisa de confiança. Só os jogos lhe vão dar a confiança de que precisa. O clube e nós, treinadores, acreditam muito nele. Não tenho dúvidas de que se vai falar do Telmo. Será um jogador importante no futuro.
Conheço bem o Mangas, do tempo em que o orientei no Mirandela [2017/18]. Está um jogador diferente, melhor do que então. É um jogador exposto à profundidade, que faz bem a posição de extremo. O Mangas é agressivo a atacar o último terço e aparece na área. Faltam-lhe coisas de um extremo de raiz, mas estou feliz pela resposta e pelo compromisso dele. Ele e o João Mendes são boas opções para a esquerda.
Amanhã [na sexta-feira] já temos de pensar no Zurique. O Floriana tentou lutar pela eliminatória até ao fim. Se está na Liga Conferência é porque, à sua maneira, tem alguma qualidade. Deu uma boa réplica. O Zurique exigirá mais de nós. Não podemos pensar que os jogos serão idênticos, seja fora, seja em casa. Vamos passar por dificuldades e trabalhar sobre elas, mas nada nos retira ambição. Se tivermos a atitude competitiva de hoje, seremos muito felizes”.
– Darren Abdilla (Treinador do Floriana): “O plano era fechar os espaços o mais possível. Muitos dos golos que concedemos foram parecidos. Permitimos muitos remates na área. Disse aos jogadores ao intervalo que precisávamos de marcações mais apertadas na área, mas o Vitória conseguiu marcar. A diferença no resultado mostra a diferença de qualidade entre o futebol português e o futebol de Malta.
[Esta eliminatória] Foi uma boa experiência de aprendizagem. Não temos experiência de jogar num estádio com 20 mil pessoas. Jogar aqui foi muito diferente daquilo a que estamos habituados. A técnica dos jogadores do Vitória estava muito acima da nossa. Os orçamentos do Vitória e do Floriana são muito diferentes. Desejo a melhor sorte ao Vitória no futuro da competição”.