A maioria dos trabalhadores portugueses valoriza a possibilidade de escolher o seu horário e local de trabalho, desde que isso não lhes reduza a remuneração ou outros benefícios, refere um estudo hoje divulgado em Lisboa.
A empresa de consultadoria Polar Insight elaborou, em parceria com o CEPCEP – Centro de Estudos sobre Pessoas e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica Portuguesa, um estudo sobre flexibilidade do trabalho no contexto português, tendo como base os resultados de 756 entrevistas, feitas por via eletrónica a empregados e empregadores de pequenas, médias e grandes empresas.
Foram feitas também 38 “entrevistas qualitativas” a académicos, governantes e especialistas em recrutamento.
De acordo com o relatório elaborado, 97,4% dos entrevistados disseram que valorizam a flexibilidade no trabalho, mas não concordaram com a possibilidade de renunciarem a outras condições para terem maior autonomia, preferindo receber uma remuneração mais alta e outros benefícios, como seguro de saúde ou prémios.
“A conclusão é a de que a flexibilidade no trabalho é percebida como um benefício importante, mas como algo suplementar ou complementar, ou seja, os trabalhadores parecem não estar dispostos a fazer cedências, especialmente se envolverem a redução da remuneração”, segundo o estudo.
