A Universidade do Minho (UMinho) promove, de 16 a 20 de junho, a primeira edição da Bienal de Educação, para debater o estado do setor com algumas das “principais vozes” nacionais na área e propor soluções, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a UMinho refere que em foco estarão temas como a falta de docentes, a revolução digital, a autonomia e a democracia.
O programa reúne meia centena de oradores, entre os quais o comissário do Plano Nacional das Artes, Paulo Pires do Vale, o presidente do conselho científico do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), Nuno Ferro, e o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.
Outros oradores são o presidente da Confederação das Associações de Pais (CONFAP), Mariana Carvalho, a dirigente da FENPROF e do Sindicato dos Professores do Norte Manuela Mendonça, o diretor do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, Rui Trindade, e o professor catedrático e divulgador científico Carlos Fiolhais.
“Este é um momento-chave no debate da educação em Portugal, que mal entrou na campanha eleitoral e que agora vamos abrir a toda a sociedade, queremos ser parceiros transformadores”, sublinha o professor catedrático emérito Licínio Lima, da organização.
Licínio Lima vinca que houve uma grande evolução após o 25 de Abril, mas lembra que há diversos aspetos a melhorar, desde a educação pré-escolar à educação de adultos, sem se depender tanto de ciclos políticos.
A Bienal é coordenada pelo Instituto de Educação (IE) da UMinho, a celebrar 50 anos, e tem o tema “O futuro é a educação: as pessoas, a vida e a escola”.
Assenta em quatro eixos: Educação, saúde e sustentabilidade; Pedagogia e currículo; Avaliações em educação; e Comunidades educativas.
Os coordenadores dos quatro eixos da Bienal vão apresentar no final uma síntese com boas práticas, reflexões e recomendações para as políticas públicas regionais e nacionais, tanto para os órgãos de poder como para a administração educativa e os cidadãos.