Os suspeitos do rapto e homicídio do empresário João Paulo Fernandes, de Braga, em março do ano passado, vão ser julgados no Tribunal de S. João Novo, no Porto, antes da férias judiciais.
Os nove arguidos vão responder por crimes de associação criminosa, furto qualificado, sequestro, homicídio qualificado, falsificação de documentos, incêndio e profanação de cadáver.
Com a penhora de um património avaliado em cerca de um milhão de euros, depois de a Polícia Judiciária (PJ) ter avançado com a apreensão dos bens e do dinheiro das contas dos três principais arguidos, estima-se que ainda serão confiscados os prédios que pertenciam ao pai de João Paulo Fernandes, que passaram para uma empresa controlada por Pedro Bourbon.
Em causa, estarão cerca de dois milhões de euros, que, ao tudo indica, servirão para pagar aos credores, depois do pai do empresário morto ter falido.
O crime aconteceu a 11 de março de 2016, quando João Paulo de Araújo Fernandes, de 41 anos, foi raptado à frente da filha, com oito anos, e morto por estrangulamento num armazém de Valongo, sendo o corpo dissolvido em ácido sulfúrico, noutro armazém, em Baguim do Monte.
Emanuel Marques Paulino, o “bruxo da Areosa”, que será um dos mentores do crime, e Luís Monteiro, um dos operacionais que prepararam o rapto do empresário, foram os únicos arguidos que não pediram instrução.
O ato criminoso ocorreu devido a dinheiro, uma vez que João Paulo queria reaver os bens do pai, que tinha entregado ao advogado Pedro Bourbon.
A data do julgamento ainda não foi marcada, mas ao que tudo indica o processo será iniciado até maio. A sentença poderá ser conhecida antes das férias judiciais.