Mãe incendiada pela filha em Vila Verde não tem dúvidas: “Era mesmo para me matar”

Julgamento iniciou esta quarta-feira
Mãe incendiada pela filha em vila verde não tem dúvidas: "era mesmo para me matar”
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO / Arquivo

A mulher esfaqueada e incendiada pela filha, em agosto de 2024, em Prado, Vila Verde, disse hoje, em tribunal, não ter dúvidas de que a intenção era mesmo matá-la.

No Tribunal de Braga, no início do julgamento, a vítima aludiu a um historial de violência protagonizado pela filha, atualmente com 27 anos, adiantando que esta tem “problemas” do foro psiquiátrico desde os 13/14 anos.

“Agrediu-me várias vezes, partiu plasmas, telemóveis e tablets, automutilava-se, era violenta e agressiva”, contou a vítima, adiantando ainda que a filha era toxicodependente.

Na madrugada de 24 de agosto, a vítima estava a dormir e a filha entrou no seu quarto e agrediu-a com uma faca de cozinha e regou-a com vodka e álcool, pegando-lhe fogo com um isqueiro.

A acusação diz ainda que a arguida começou por colocar um pano impregnado com vodka na boca e nariz da mãe, mas esta não confirmou estes factos em julgamento.

A vítima conseguiu fugir por uma janela e pedir ajuda, acabando por ser transportada para o hospital, com queimaduras no corpo e ferimentos no abdómen.

“A intenção dela era mesmo para me matar”, disse hoje a vítima.

Na acusação, o Ministério Publico lembra que a arguida já vinha sendo tratada em psiquiatria e diz que tentou matar a mãe para se vingar do facto de ela ter apresentado queixa na GNR por alegada violência doméstica.

A mãe disse que, por altura das agressões, a filha não estaria a tomar a medicação.

A arguida, que está em prisão preventiva, escusou-se a prestar declarações.

Em cima da mesa está a hipótese de a arguida ser declarada inimputável, uma questão que será vertida no acórdão.

 
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