Mãe homicida de Barcelos quer evitar cadeia e já interpôs recurso junto do Tribunal da Relação de Guimarães. Mesmo que seja dada como “curada”, a mulher quer cumprir pena numa prisão para inimputáveis.
Susana Pereira, que viu vida mediatizada depois de se ter lançado ao Rio Cávado, de ponte em Rio Côvo Santa Eugénia em junho do ano passado, com filho de seis anos ao colo, está internada na Casa de Saúde do Bom Jesus, em Nogueira, Braga, onde cumpre pena de 10 anos de prisão pela morte do filho Carlinhos, que não resistiu à queda que o levou ao afogamento.
No entanto, a mulher quer que a pena seja reduzida ao mínimo, acrescentando ainda um detalhe caso fique curada da alegada doença do foro psiquiátrico que a mantém internada, ou seja, que a pena seja integralmente cumprida num estabelecimento destinado a inimputáveis, mesmo que esta seja dada como curada dos problemas do foro psiquiátrico antes de terminar o prazo da pena.
Basicamente, Susana Pereira quer, alegadamente, evitar um estabelecimento prisional. A mulher de 37 anos foi condenado pelo coletivo de juízes pelo crime de homicídio qualificado, mas acabou por ver o tribunal condená-la por “homicídio simples” face à “imputabilidade diminuída”.
O crime remonta a 17 de junho e chocou Barcelos, quando Susana Pereira se lançou com Carlinhos – medicado previamente com calmantes – ao colo da ponte sobre o Rio Cávado em Rio Côvo Santa Eugénia. A mãe acabou resgatada com vida, já Carlinhos foi encontrado sem vida um dia depois.