Grandes quantidades de madeira continuam acumuladas ao longo das freguesias de Braga afetadas pelos grandes incêndios de outubro, constituindo uma carga térmica perigosa no perímetro do triângulo turístico-religioso do Bom Jesus, Sameiro e Falperra, onde existem cada vez mais primeiras habitações.
Apesar da natureza estar aos poucos a recompor-se da incúria e da mão criminosa, com algumas manchas tímidas de cenário verde renovado, o cenário continua a ser desolador, tendo sido quase eliminado aquele que era há muitos séculos o “pulmão verde” de Braga.
A situação foi constatada já esta segunda-feira, por O MINHO, percorrendo algumas das encostas que fazem fronteira com o vizinho concelho de Guimarães, cuja freguesia de Santa Cristina de Longos, situada atrás da Igreja da Falperra, também foi dizimada pelas chamas na noite, de 15 de outubro de 2017, devido ao fogo florestal iniciado em Leitões (também em Guimarães).
Na véspera, durante a madrugada, tinha havido outro grande incêndio, este com origem em Braga, nas localidades de Pousada, Santa Lucrécia, São Mamede de Este e São Pedro de Este, que também mobilizaram as corporações de bombeiros da região.