Na sequência da suspensão dos despejos no Prédio Coutinho, em Viana do Castelo, os moradores já têm luz e água. No entanto, as chaves das entradas principais do imóvel, que foram trocadas pela VianaPolis, não lhes foram entregues. A entrada e a saída também estão permitidas.
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A eletricidade foi restabelecida já na segunda-feira. A água foi religada na manhã de terça-feira e causou uma pequena inundação num passador que estava aberto, segundo avança o Jornal de Notícias.
O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Braga aceitou esta segunda-feira a providência cautelar movida no dia 24 pelos últimos moradores do prédio, ficando assim suspensos os despejos.
No local permanecem dois funcionários de uma empresa privada de segurança, contratada pela VianaPolis, e agentes da PSP.
Moradores voltaram a sair do prédio Coutinho após suspensão do despejo
A decisão judicial exige a reposição da água, luz e gás. A sociedade VianaPolis já anunciou que vai pedir a “revogação do despacho” da providência cautelar movida pelos moradores no prédio Coutinho.
O prédio Coutinho é um edifício de 13 andares situado no Centro Histórico de Viana do Castelo que o Programa Polis quer demolir, considerando que choca com a linha urbanística da zona.
A demolição está prevista desde 2000, mas ainda não foi concretizada porque os moradores interpuseram uma série de ações em tribunal para travar a operação.
No prédio, viviam cerca de 300 pessoas, restando agora nove.
A ação de despejo dos nove últimos moradores no prédio esteve prevista para a passada segunda-feira, mas não se concretizou.