Lojas e pequenos lavradores dão legumes à freguesia em Braga para não deixar estragar

Algumas lojas e pequenos agricultores da freguesia de São Víctor, em Braga, têm vindo a oferecer algum excedente dos produtos alimentares, nomeadamente os legumes, à Junta de Freguesia local, que rapidamente os disponibiliza aos habitantes que se desloquem à sede.

Hoje foi um dos muitos exemplos em que alguns legumes do excedente de produção nas hortas urbanas daquela freguesia foram distribuídos na sede da autarquia, como revelou o presidente da Junta a O MINHO.

“Nem sempre temos tempo para colocar nas redes sociais a anunciar, como fizemos hoje, geralmente as pessoas já sabem e os legumes desaparecem de forma rápida”, disse Ricardo Silva, eleito na freguesia por um movimento independente.

O autarca explica que a proveniência destes legumes vem de algumas “lojas da freguesia que, para não perderem os produtos quando notam que ainda há muito e correm o risco de deixarem de ficar frescos, oferecem à junta para distribuirmos”, contextualizou.

54 pequenos produtores

A segunda proveniência destes legumes passa pela horta urbana, um projeto iniciado em 2016 na rua Quinta da Armada, onde 54 talhões servem 54 pequenos produtores que “vão rodando”, conforme alguns desistem e outros querem começar.

Para evitar desperdícios de algo que lhes deu tanto trabalho a produzir, os pequenos agricultores também oferecem legumes aos habitantes da freguesia urbana, a maior em termos populacionais em todo o Minho.

“Quando estes pequenos agricultores percebem que têm produção a mais fazem a doação, porque também é uma forma de evitar o desperdício”, explicou RIcardo Silva, adiantando uma novidade.

Nova horta urbana em Braga?

“Temos uma lista de espera para novos produtores, mas não temos espaço. Por isso temos vindo a negociar com a Câmara de Braga o investimento numa nova horta situada a sul da freguesia, entre Santa Tecla e o Minho Center”, revelou o autarca.

O espaço identificado, um terreno público, situa-se na Rua José António Cruz, em Santa Tecla, e destina-se não só a resolver a lista de espera que aumentou após a pandemia em 2020, mas também a descentralizar as hortas, levando-as para outra zona urbana da cidade de Braga.

“É uma negociação, estava no nosso plano de atividades e queremos muito que aconteça porque temos tido muita procura”, concluiu Ricardo Silva, apontando “final do ano” como data provável para mais novidades sobre a futura horta.

 
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