Livro “O Santuário do Pilar da Póvoa de Lanhoso” à venda nas livrarias

Investigação de 20 anos de José Abílio Coelho
Foto: Luís Moreira

O historiador, ficcionista e jornalista, José Abílio Coelho pôs, este sábado, à venda nas livrarias a obra “O Santuário do Pilar da Póvoa de Lanhoso”, onde aborda o culto da Senhora do Pilar, a vida do fundador, o local de implantação do santuário, imagens, paramentos, alfaias e ex-votos, a Confraria e a festa de São Pedro e da Senhora do Pilar.

Na obra analisa ainda, as igrejas da Senhora do Pilar, do Senhor do Horto e o conjunto de capelas dos Paços da Paixão que se estendem ao lado do caminho de inícios do século XVIII que leva do sopé ao alto da montanha.

A edição tem prefácio do Arcebispo de Braga, José Cordeiro e é chancelada pela Comissão das Comemorações do Centenário da Paróquia da Senhora do Amparo e pela Confraria da Senhora do Pilar.

“O Santuário de Nossa Senhora do Pilar da Póvoa de Lanhoso”. Foto: DR

Ao longo de 432 páginas, conta que a primeira capela começou a ser edificada em 1680 por um rico negociante da terra, então residente no Porto, chamado André da Silva Machado.

Revela, ainda, que, André da Silva Machado, que foi moedeiro de El-Rei e Cavaleiro do Hábito de Cristo, “terá feito uma promessa à Virgem do Pilar, então recentemente venerada em Vila Nova de Gaia e, conseguida a graça pedida, deu início à edificação, escolhendo para tal o monte, vizinho do local onde nasceu e considerado o “maior monólito da Península Ibérica”,

20 anos de investigação

A O MINHO, o escritor salientou que o livro, “assenta numa investigação profunda e séria que demorou 20 anos a concluir, com passagens por significativo conjunto de arquivos, destinando-se a um público de não especialistas”.

“Entre esse público-alvo estão os turistas que visitarem o santuário, entre os quais os estrangeiros, razão pela qual contem súmulas em inglês, em castelhano e em francês; e, logo depois, os meus conterrâneos, os mais velhos para que possam recordar o Monte do Pilar e o seu Santuário, e os mais jovens para que, lendo-o, possam aprender e apaixonar-se pelo que é nosso”, explica.

Autor José Abílio Coelho. Foto: DR

E alerta: “Só assim o santuário conseguirá escapar ao mau estado a que hoje muitas destas joias arquitetónicas-religiosas estão votadas por esse país abaixo”.

O autor realça, também, a ilustração do volume, que, entre gravuras, fac-simile de documentos e fotos antigas e atuais, conta com quatro centenas de imagens, que lhe dão um porte de obra de arte. Fui colecionando estas ilustrações ao longo de duas décadas, sendo as fotos atuais de autoria de fotógrafos amigos, casos de Bruno Alves, João Antunes Pardelho e, sobretudo, do mestre Manuel Ferreira Pitães…”

Escreveu mais de 20 livros

José Abílio Coelho, natural e residente na Póvoa de Lanhoso, é autor de mais de 20 livros, entre os quais se destacam, no campo da historiografia: “Rascunhos da História” (1994), “O poeta João Augusto Bastos” (2014), “O brasileiro Francisco de Oliveira Guimarães e a construção da Villa Beatriz” (2018), “A Igreja e Paróquia de São Cosme e Damião de Garfe” (2022) ou “Pe. Alberto Gonçalves Gomes (1888-1974).

Escreveu, ainda, vários livros de ficção, casos de “Contos do Outro Mundo” (1995), “Caminhos de Terra Batida” (1999), “Trapos” (2000), “O Sorriso do Cadáver” (2014) e “Os robertos do Gido” (2024), “O Cavalinho que queria saber a que cheira a primavera” (2015) ou “O Cachorrinho Manco” ((2017), estes três últimos destinados a leitores mais jovens.

O seu estudo académico tem versado, sobretudo, a história da Assistência e das Misericórdias e a da Emigração de portugueses para o Brasil, sendo autor de mais de uma dezena e meia de artigos e capítulos de livros sobre a temática, publicados em volumes e em livros de atas de seminários e congressos, realizados tanto na Europa como na América do Sul.

 
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