O deputado único do Livre quer “sinais políticos” do Governo para discutir propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2022 na fase de especialidade, defendendo que este documento não deve ser apenas “de transição”.
Em declarações aos jornalistas depois de ter estado reunido com o Governo para conhecer as linhas gerais da sua proposta de Orçamento do Estado para 2022, Rui Tavares referiu que o partido vai apresentar algumas propostas de alteração a este documento.
“Mas ainda antes da sede de especialidade queremos começar a ter sinais políticos e garantias políticas que essas medidas na especialidade serão consideradas pelo seu mérito e, portanto, serão todas tidas em conta neste procedimento orçamental”, vincou.
Questionado pelos jornalistas sobre se sentiu abertura por parte do executivo para acolher estas medidas, Tavares disse apenas: “Foi-nos dito que haveria abertura para considerar propostas e nós iremos apresentar propostas e fazer as nossas contas e depois queremos ver do lado do Governo abertura para as discutir já para o Orçamento de 2022”.
Para o Livre, este orçamento, apesar de vigorar por menos tempo do que o habitual, não deve ser apenas um documento “de transição”, argumentando que o país se deve “preparar para o pior mesmo que esperando o melhor”.
“A nossa perspetiva é que, claro que o orçamento de 2023 é importante, mas este orçamento de 2022 é ainda o orçamento que vai no fundo enfrentar os primeiros impactos da crise internacional, que é uma crise do tipo a que não estávamos habituados com uma guerra no continente europeu, e portanto, tem que ser reconsiderado à luz dessa nova realidade”, frisou.