O partido Livre apresentou este domingo um manifesto onde dá a conhecer a candidata pelo círculo eleitoral de Braga, Teresa Mota, e onde aponta a vontade de resolver problemas que vão desde a poluição do rio Vizela até à falta de cuidados de saúde em Celorico de Basto.
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Assinado por Augusto Ramoa, do Grupo de Coordenação Local do LIVRE em Braga, o manifesto aponta o voto no partido como uma reposta às problemáticas locais, capa de dar “soluções à esquerda e uma oposição à direita”.
“O voto no LIVRE é útil. É útil para os trabalhadores do Vale do Ave e do Vale do Cávado, é útil para pôr fim de uma vez por todas à poluição no rio Vizela, é útil para impedir que a água seja mercantilizada (como é o caso em Barcelos), é útil para quem vive, circula e trabalha no quadrilátero Braga, Barcelos, Famalicão, Guimarães, é útil para quem quer aceder à propriedade imobiliária ou pelo menos ao mercado de arrendamento, é útil para as pessoas de Terras de Bouro ou Celorico de Basto que têm igual direito ao acesso aos bens e serviços, principalmente os cuidados de saúde”, aponta o documento enviado à redação de O MINHO.
A mesma nota apresenta soluções “baseadas nos quatro pilares do partido (Liberdade, Esquerda, Europa e Ecologia), que não são ideias abstratas, têm implicações muito concretas na vida das pessoas”.
“Face à tentação de mercantilizar a água, de privatizar os transportes públicos ou de seguir uma política da betonização para resolver o acesso à habitação, entendemos que não podemos ficar numa posição de neutralidade. Entendemos, pelo contrário, que só uma política de esquerda assente na defesa dos serviços públicos, na municipalização da água ou numa rede pública de transportes, é que permite responder eficazmente aos desafios ambientais”, considera.
O partido pretende ainda defender o Estado Social como “elemento fulcral para melhorar a coesão social: uma educação pública como peça chave do elevador social, um SNS robusto que garanta o acesso à saúde a todos, uma proteção social efetiva e abrangente”.
Defendem ainda “um Estado Social forte financiado por uma fiscalidade justa”.
A nota invoca ainda Albert Camus: “Se falharmos em conciliar a justiça e a liberdade, então falhamos em tudo”.
Contra discursos “populistas”, o partido quer um novo “pacto Verde que possibilite o desenvolvimento ecológico e solidário”, e aponta para uma “economia do conhecimento e de alto valor acrescentado, valorizando quem a faz funcionar, designadamente em termos remuneratórios”.
Pretende ainda ver reforçado o SNS para “garantir a prestação de serviços de qualidade aos utentes e para atrair e valorizar os seus profissionais”, bem como as instruções de educação públicas, dotando-as de “recursos necessários que permitam o livre desenvolvimento das nossas crianças e dos jovens e dignificam as carreiras docentes e não docentes”.
Quer ainda promover a coesão territorial, “que permita corrigir desequilíbrios, entre zonas urbanas e rurais no acesso a bens e serviços essenciais, com uma rede articulada das várias soluções de mobilidade”, e proteger “a biodiversidade, a água e o acesso à mesma, e promovendo o bem estar animal”.
Quer ainda promover “formas de proteção das pessoas face ao risco social e de luta contra a pobreza, designadamente através do RBI”.
As eleições legislativas estão marcadas para 30 de janeiro.