O deputado único do Livre avisou hoje que o principal risco para a democracia “não está nos autoritários” mas “naqueles que lhes derem a mão”, e que uns e outros ficarão “manchados na história” do país.
“O principal risco para a democracia não está nos autoritários, que serão sempre uma minoria, mas naqueles que lhes quiserem dar a mão. O que é preciso é que todos aqui dentro saibamos é que uns e outros – autoritários e os que lhes derem a mão – ficarão manchados na história do nosso país e perderão o respeito do povo”, defendeu Rui Tavares.
O deputado e dirigente do Livre – que tem feito vários pedidos para que o PSD rejeite expressamente qualquer entendimento com o Chega – falava na sessão solene comemorativa do 49.º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República, com o líder social-democrata, Luís Montenegro, a assistir.
“A nossa democracia não só não está garantida como vive o maior momento de risco à sua existência desde o período pós-revolucionário. Os 50 anos do 25 de Abril serão a ocasião de celebrar tudo o que conquistámos em conjunto. Estes 49 anos devem servir para alertar para tudo aquilo que podemos perder”, alertou.
Na opinião de Rui Tavares, o principal risco para a democracia portuguesa é aceitar “a intimidação e a dominação da agenda pelos autoritários”, afirmando que esta tarde na Avenida da Liberdade, em Lisboa, estarão “muitos mais milhares defensores da democracia e do 25 de Abril do que há seus inimigos”.
“Haverá sempre mais portugueses a defender a liberdade do que o autoritarismo. Saibamos confiar no nosso povo, nos democratas que conquistaram a democracia a duras penas e dar-lhes confiança. Tenho orgulho de pertencer a um povo que dirá sempre que for necessário: 25 de Abril, sempre! Não voltarão”, defendeu.