Livre afirma que se Chega viabilizar OE2025 é porque “tem medo” de eleições

Rui Tavares
Foto: Lusa

O porta-voz do Livre considerou hoje que se o Chega viabilizar a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) para impedir eleições é porque “tem medo” de um novo sufrágio e de ter atingido “o seu máximo”.

Rui Tavares falava no encerramento das primeiras jornadas parlamentares do Livre, que decorreram em Elvas, distrito de Portalegre, altura em que foi questionado sobre uma notícia do Correio da Manhã que escreve que o Chega estará disponível para viabilizar a proposta orçamental do Governo caso o acordo com o PS falhe, de forma a impedir eleições.

“O Chega tem medo, tem medo de ter atingido o seu máximo, tem medo de ser uma bolha que venha a estourar, tem medo que as pessoas se cansem de ver a política sempre feita da mesma maneira, tem medo que as pessoas se cansem de viverem sempre no psicodrama de André Ventura e tem medo com razão, porque sim, as pessoas um dia cansam-se”, respondeu Rui Tavares.

Para o deputado do Livre, passou-se “da novela orçamental para o psicodrama de André Ventura, que já viveu várias fases”.

“É um cheque em branco passado ao Governo, que assim não precisa de se esforçar nada nas negociações que está a ter, quando falharem as negociações que o PS tem a mão por baixo do Chega”, acrescentou.

Já o Livre, segundo Rui Tavares, “não tem medo de ir a eleições” mas coloca “o interesse do país” acima do “interesse partidário”.

“O interesse do país é ter um bom orçamento com boas ideias, não é certamente dizer-se antes, seja bom ou seja mau, nós vamos aprová-lo. Portanto, estávamos na novela orçamental e agora o Chega juntou-lhe, como de costume, uma pitada de farsa”, rematou.

O presidente do Chega convocou uma “reunião de urgência” do grupo parlamentar do partido para hoje, dois dias antes na entrega da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025, confirmaram à Lusa fontes do partido.

 
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