A lista de António Salvador às eleições do SC Braga para o mandato 2021-24 recolheu 77,7% da percentagem de votos dos associados que se deslocaram esta noite ao Altice Forum, onde o anterior presidente se apresentava à reeleição sem adversários.
Votaram 1.360 sócios do clube bracarense, num universo de 10.002 em condições de votar (13,6 %), que corresponderam a 10.854 votos (254 sócios com um voto, 92 com cinco e 1.014 com 10).
Dos 1.360 votantes, 1.072 votaram na lista A (correspondendo a 8.436 votos, 77,7%), 174 em branco (1.448 votos, 13.3%) e 114 foram votos nulos (970 votos, 8,9 %).
O vice-presidente da mesa da assembleia-geral, José Brandão, revelou que, em termos de votos validamente expressos, a lista A obteve 85,4 % dos votos e os votos em branco foram 14,6 %.
A ntónio Salvador está no cargo há 18 anos e sonha conquistar o campeonato nacional no próximo mandato.
Nas últimas eleições, em maio de 2017, António Salvador teve a concorrência de António Pedro Peixoto, antigo atleta do SC Braga, tendo ganhado com 66,3% dos votos, contra 32,5% do antigo guarda-redes de futsal dos minhotos, e que também cumpriu o dever de voto neste sábado.
Quem também passou pela mesa de voto foi Wilson Eduardo, ex-futebolista do clube que atualmente representa o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Apesar de ter saído de Braga, o antigo jogador formado no Sporting exerceu o direito de associado e marcou presença no sufrágio.
António Salvador, de 50 anos, parte para o sétimo mandato consecutivo (2021-25), ‘reinado’ que começou em fevereiro de 2003 com a chegada à liderança da SAD, à qual juntou a do clube em abril de 2004.
A grande novidade do seu programa eleitoral foi a revelação da intenção de fazer voltar a jogar no Estádio 1.º de Maio a equipa principal de futebol, cerca de 18 anos depois de ter mudado para o Estádio Municipal de Braga, construído no âmbito do Euro2004.
António Salvador revelou ter apresentado à Câmara Municipal de Braga, a 15 de dezembro de 2020, uma proposta de projeto de requalificação do estádio, inaugurado em 1950 e em franco processo de degradação, que tem sido utilizado nos últimos tempos apenas pela equipa feminina de futebol.
O dirigente afirmou que o atual estádio “não serve para os adeptos e é um entrave para o crescimento do SC Braga porque não foi construído para a vertente desportiva e para a emoção do que é um jogo de futebol, foi construído para ganhar prémios de arquitetura”, disse, na cerimónia de apresentação da sua recandidatura.
O projeto passa por demolir as bancadas e o seu interior, mantendo a fachada e “todo o património”, e construir depois um estádio coberto, sem pista de atletismo, para 20.000 espetadores, num custo de cerca de 60 milhões de euros, assumido pelo clube.
A autarquia de Braga, proprietária do estádio, já afirmou rejeitar a proposta apresentada pelo clube.
No futebol, António Salvador destacou a vontade de, no próximo mandato, “reduzir definitivamente a diferença para os rivais diretos, de forma a ombrear, de igual para igual, na luta pelos primeiros lugares da classificação”.
Continuar a aposta em atletas oriundos da formação, no crescimento de todas as modalidades do clube e a conclusão da segunda fase da cidade desportiva (pavilhão multiúsos) são outras das grandes linhas para o próximo quadriénio.
Sob o lema “Este é o nosso Braga”, António Salvador apresenta uma direção ligeiramente renovada, com as entradas para vice-presidentes de Hugo Vieira, Joel Pereira e Cláudio Couto.
José Manuel Fernandes e Gaspar Vieira de Castro mantêm-se na presidência da mesa da Assembleia-Geral e do Conselho Fiscal, respetivamente, surgindo Luís Machado, antigo presidente da direção na década de 90 no século passado, como líder do Conselho Geral, órgão consultivo dos ‘arsenalistas’.
Notícia atualizada às 00h48 (22/05) com introdução da percentagem dos votos validamente expressos.