A Câmara de Arcos de Valdevez anunciou que o projeto de recuperação da derrocada ocorrida a 27 de junho, em Sistelo, naquele concelho, terá duas fases, com a primeira prevê a recuperação da linha de água, com colocação de infraestruturas de drenagem das águas, entre outros trabalhos.
O anúncio foi feito ontem durante uma visita do presidente da Câmara, ao local afetado, acompanhado do vice-presidente da APA, Pimenta Machado, e do presidente da Junta, Sérgio Rodrigues.
Na segunda fase, avançará a reconstituição da paisagem, desde o coberto vegetal até às estruturas de socalcos destruídas aquando do aluimento de terras.
“Esta parceria entre o Município e a APA na concretização desta intervenção é de primordial importância para a estabilização e segurança do local e da população e para a sustentabilidade e valorização ambiental de Sistelo”, considerou o autarca João Esteves.
Em comunicado a autarquia lembra que esta intervenção será realizada com recurso a fundos comunitários, com um investimento elegível máximo comparticipado de 1,45 milhões de euros, ao abrigo do programa COMPETE2020
Como o nosso jornal noticiou, uma derrocada de terra junto à Igreja de Sistelo, localidade conhecida como o “Tibete Português”, em Arcos de Valdevez, provocou uma cratera de grandes dimensões, há três meses.
Trinta e uma pessoas, 25 residentes e 6 hóspedes que estavam alojadas numa habitação de turismo rural, foram evacuadas na sequência da derrocada.
Os moradores regressaram às suas casas após local ter sido inspecionado por um especialista da Universidade do Minho, que concluiu “não haver perigo” para as populações.
O especialista admitiu que o aluimento pode ter sido provocado “por uma acumulação de água”.