Linha do Minho em Viana continua com problemas básicos após obras de milhões

A Linha do Minho, que esteve em obras nos últimos cinco anos para eletrificar as suas vias, não estará a cumprir com alguns dos desígnios apresentados pela CP antes da empreitada, ficando alguns comboios com as carruagens de fora das plataformas, situação que se torna grave em agosto por causa do aumento de passageiros durante as Festas da Agonia.

O jornal Dinheiro Vivo enumerou algumas das anomalias que são discutidas pelas empresas ferroviárias que circulam nesta linha, como é o caso da CP, mas também das empresas de carga, como a Medway.

Em Afife, Âncora e Moledo, a plataforma não tem espaço suficiente para que pelo menos um dos comboios consiga ‘enfiar’ todas as carruagens, levando a que algumas fiquem fora das plataformas.

Em Barroselas, também só há 80 metros de plataforma para os passageiros descerem ou subirem, ficando várias carruagens de fora. Em agosto, por causa das Festas da Agonia, chega a ser necessário parar duas vezes o mesmo comboio para descarregar todos os passageiros.

A CP diz ter indicado à Infraestruturas de Portugal todas as características necessárias para as obras, mas esta parece ter ignorado algumas delas, ou pelo menos não dado a devida atenção.

Assinalam a dificuldade do maquinista em ver o sinal na plataforma de Cerveira, sendo necessário deixar uma carruagem de fora para o conseguir fazer. Quando se trata do Inter-cidades, chegam a ficar várias carruagens de fora, ou seja, os passageiros dessas carruagens, caso usem aquelas portas, vão sair à linha.

Nessa mesma plataforma, os maquinistas não conseguem ver o sinal de autorização para o arranque, porque está colocado 600 metros à frente, depois de uma curva. Quando o maquinista consegue ver o sinal, o comboio já circula a uma velocidade de 70km/h.

Miguel Rebelo de Sousa, da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias, citado pela mesma fonte, diz que a estação de Valença “não permite receber e expedir comboios de 750 metros”, apenas de “300 metros”.

O representante da associação conclui, salientando que a capacidade de carga na ponte Eiffel deveria ter sido aumentada, uma vez que os comboios de carga passam a apenas 20 quilómetros horários.

 
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