O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, visitou ontem a 55.ª AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, em Braga, onde assinalou que os produtores não são os responsáveis pelo aumento dos preços.
Falando sobre o IVA zero no cabaz alimentar, Paulo Raimundo deu como exemplo o leite: pago aos produtores a cerca de 0,50€ enquanto antes era paga a cerca de 0,30€, mas a grande distribuição aumentou de 0,49€ para 0,98€.
Na visita à Agro, o secretário-geral do PCP lembrou “a situação difícil que os agricultores enfrentam desde logo com o aumento dos preços dos fatores de produção, que nalguns casos atingiram os 50, 70 e até 100%”.
Por isso, reforçou “a necessidade de garantir apoios apoios a quem produz e com prioridade aos pequenos e médios agricultores (e não ao agronegócio, como tem acontecido); do controlo dos preços dos fatores de produção; da garantia de escoamento das produções a preço justo e da defesa de um Ministério da Agricultura forte, com serviços de extensão rural, o que implica não avançar com a passagem das DRAP para as CCDR e recuperar uma parte da capacidade perdida”.
Contacto com trabalhadores do complexo Grundig
Na passagem por Braga, Paulo Raimundo também contactou com os trabalhadores do complexo Grundig (Bosh, APTIV, Fehst).
“Os cerca de 4500 trabalhadores das várias empresas do complexo têm desenvolvido vários processos de luta por aumentos salariais – que estão longe de corresponder a um valor justo e necessário – contra a discriminação nos direitos resultante da caducidade da CCTV e pelo combate à precariedade e ao recurso a empresas de trabalho temporário”, refere o partido em comunicado.
“O secretário-geral do PCP manifestou a solidariedade ativa do PCP com a justa luta dos trabalhadores, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores”, conclui.
