Líder da JP lança ‘petição’ para ser candidato a vereador em Braga

Presidente da Concelhia do CDS diz que iniciativa “é ridícula”
Foto: Facebook de Francisco Mota

O militante do CDS de Braga, Francisco Mota, que é também líder nacional da Juventude Popular, pôs a circular no concelho um documento, tipo abaixo-assinado, reclamando a sua inclusão em lugar elegível na lista da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM) nas próximas eleições autárquicas. O documento, com o nome A nossa paixão é Braga, inclui um curriculum do militante centrista e um texto onde se diz que Mota é “o rosto mais credível, dotado de uma ação política e social sustentada, para assumir a representação do partido na Câmara”.

“A sua transparência e competência, essenciais a qualquer titular de cargo público, perpassam toda a sua atuação, desde a vertente associativa à política e administrativa”, lê-se no documento.

Contactado por O MINHO, Francisco Mota disse que não foi ele o autor do manifesto. “Partiu de um grupo de militantes e cidadãos, incluindo autarcas, que entenderam fazê-lo, ao que não me opus”, afirma, salientando que só aceitou dado que a atual vereadora centrista na Câmara, Lídia Dias, “já declarou que não se recandidatava”.

Algo que Lídia Dias, contactada por O MINHO não quis comentar, dizendo apenas que continua a “trabalhar com afinco em prol da Educação e da Cultura no concelho, como tem feito desde que [foi] eleita em 2013”.

Acrescentou que a ‘petição’ “não é contra ninguém e vai ser enviada à Direção Nacional, a quem compete a última palavra”. O militante centrista diz que a recolha de apoios não visa o vereador Altino Bessa, em cujo Gabinete trabalhou durante seis anos e cuja atuação classifica de “excelente”. “Tivemos divergências por causa do último Congresso, mas aprecio o trabalho extraordinário que tem feito”, garantiu.

Francisco Mota nega ser o autor do abaixo-assinado, mas O MINHO sabe que tem pedido a militantes e autarcas que recolham apoiantes, como sucedeu na semana passada.

Contactado a propósito, o líder concelhio e vereador do CDS, Altino Bessa classificou a iniciativa como “ridícula”, salientando que a escolha dos candidatos compete ao órgão local, “nunca tendo havido qualquer interferência nacional”.

“Vai ser o órgão concelhio a escolher os candidatos numa ótica de cooperação com o PSD”, afirmou.

O presidente da Concelhia do PSD/Braga, João Granja, disse a O MINHO que a continuação da Coligação vai ser debatida em reunião, a realizar dentro de dias, competindo à concelhia do CDS a indicação dos nomes.

Acrescentou que pode ser alargada ao Iniciativa Liberal e ao Aliança, mas exclui qualquer negociação com o Chega.

 
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