A Distrital do PSD de Braga reúne-se, esta sexta-feira, para ratificar os nomes escolhidos pelas concelhias para a lista de deputados a indicar por Braga. Quase todas as concelhias já escolheram os dois nomes tal como decretado pela Nacional. A liderança de Rui Rio deu duas indicações para a escolha de nomes: paridade, isto é, um homem e mulher e a importância eleitoral e regional do PSD nos diferentes concelhos.
O MINHO sabe, no entanto, que o presidente da Distrital, José Manuel Fernandes, irá deixar ficar a lista nas mãos de Rui Rio, enviando, apenas, por ordem alfabética os nomes indicados pelas estruturas concelhias, conforme foi pedido pela direção nacional do PSD. A ordenação da lista ficará a cargo da direção nacional, num processo de negociação envolvendo cada distrital.
Para o distrito de Braga, há indicações que a direção nacional poderá impor dois nomes para encabeçar dos dois primeiros lugares, sendo que um deles será André Coelho Lima, vogal da Comissão Política Nacional, que foi candidato à Câmara de Guimarães, em 2013 e 2017.
Pela JSD nacional foi indicado o nome de Joaquim José Gonçalves, de Barcelos, que é vice-presidente daquela estrutura.
Quanto aos nomes a indicar pelas concelhias, há já vários rostos, sendo que alguns deles poderão causar ‘engulhos’ a Rio. A começar pelas indicações da concelhia de Braga: Hugo Soares e João Granja dois elementos que não estão “sintonizados’ com a direcção nacional.
Emídio Guerreiro será uma escolha de Guimarães, Joel Sá de Barcelos. Famalicão deverá optar por manter Jorge Paulo Oliveira, coordenador dos deputados do distrito.
Arguidos sim ou não?
Uma fonte contactada por O MINHO garante que Rui Rio desvaloriza a situação de candidatos arguidos ou envolvidos em processos judiciais, desde que não haja condenações. “Enquanto suspeitos, haverá sempre a presunção de inocência e o não condicionamento dos direitos de cada cidadão”, argumentou.
Da actual bancada parlamentar, Rui Rio conta com poucos nomes que assumiram o apoio ao atual líder na candidatura à liderança do partido. Mas são precisamente, na sua maioria, os deputados eleitos por Braga aqueles que têm manifestado o apoio ao líder.
Emídio Guerreiro, Rui Silva, Laura Magalhães e até Clara Marques Mendes são nomes que Rio quer manter nas listas e em lugares elegíveis, o que torna o xadrez ainda mais complicado. Rui Silva, de Vila Verde, deve ser a indicação da concelhia, a votação está marcada para hoje à noite, por ‘imposição’ de António Vilela, o autarca local.
Ainda que haja dentro da estrutura quem prefira outra solução, “não serão os casos judiciais a impedir a escolha de Rui Silva”, refere a mesma fonte. Susana Silva, actual líder da bancada social democrata na Assembleia Municipal, pode ser o outro nome. Também Amares já fechou o processo com a escolha da actual vereadora Cidália Abreu e de Luís Carvalho, ex-líder da JSD local. Cabeceiras de Basto, onde a representação eleitoral do partido é mais “fraca”, tal como concelhos como Terras de Bouro ou Vieira do Minho, deverá, por isso, indicar Laura Magalhães.
De acordo com o calendário aprovado pela direção do PSD em maio., as Comissões Políticas Distritais do partido devem enviar as listas até ao dia 01 de julho. Posteriormente, a Comissão Política Nacional (CPN) vai reunir-se com estas entre 08 e 19 de julho para discutir as propostas de listas. Na mesma altura, serão aprovadas “as linhas gerais do Programa Eleitoral do Governo” do PSD.