Lavradores de todo o Minho encontraram-se em Guimarães para representar o mundo rural

Nem a chuva anunciada impediu o regresso do Cortejo Etnográfico a Guimarães
Lavradores de todo o minho encontraram-se em guimarães para representar o mundo rural

Depois de dois anos de interrupção devido à pandemia, a Festa do Agricultor, uma organização da Casa do Povo de Fermentões, em Guimarães, voltou em força. Este domingo à tarde, saiu à rua o último número da festa, o Cortejo Etnográfico que ligou a avenida dr. Alfredo Pimenta ao centro da freguesia, através da EN 101.

Foram mais de cem os figurantes no desfile, contudo, para o organizar foram precisas mais 60 pessoas. “Estamos muito satisfeitos com adesão dos participantes e do público, em todos os dias da festa”, afirma o presidente da Casa do Povo de Fermentões, Alberto Torres. “O público esteve presente em todos os momentos, desde os cantares ao desafio, na sexta-feira, passando pela feira do gado, pela garraiada e pelo festival de ranchos folclóricos, no sábado, até hoje”, sublinha.

Lavradores de todo o minho encontraram-se em guimarães para representar o mundo rural
Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO

Nem as ameaças de chuva desanimaram os participantes que resistiram firmes quando alguns aguaceiros se insinuaram, no momento da partida de Guimarães. Os temas do cortejo de 2022 foram os ciclos do milho e do centeio. Os 25 carros alegóricos representaram as várias fazes da cultura destes cereais, desde a plantação, passando pelo sachar, a colheita, a malha, a moagem e até a cozedura. 

Lavradores de todo o minho encontraram-se em guimarães para representar o mundo rural
Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO

No carro que representava a cozinha, um fogo verdadeiro fazia o fumo subir pela chaminé e, enquanto uma mulher peneirava a farinha com que se faz o pão, outra depenava uma galinha, para fazer um arroz de “pica-no-chão”, numa panela de água a escaldar.

Já poucos se dedicam à agricultura

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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
Lavradores de todo o minho encontraram-se em guimarães para representar o mundo rural
Foto: Rui Dias / O MINHO

“Na nossa freguesia já pouca gente se dedica à agricultura como atividade principal, talvez umas cinco ou seis famílias. Hoje, estamos quase envolvidos pela malha urbana e as pessoas empregam-se na indústria e nos serviços”, confessa o responsável pela organização. “Em tempos este cortejo servia como demonstração do ano agrícola, agora serve para preservar a tradição e para mostrar aos mais novos como eram estas atividades”, esclarece.

Os participantes no cortejo – o mais novo com três anos e o mais velho com mais de 90 – são quase todos de Fermentões, mas também participam habitantes das freguesias vizinhas, como Silvares e Penselo.

Lavradores de todo o minho encontraram-se em guimarães para representar o mundo rural
Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO
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Foto: Rui Dias / O MINHO

Terminada a festa, Alberto Torres está satisfeito, “posso dizer que esta foi uma das maiores festas de sempre”. A Festa do Agricultor de Fermentões realiza-se desde 1977 e atrai lavradores de todo o Minho, que ali vêm mostrar os seus animais no concurso de gado bovino. A organização chegou a temer que a paragem forçada nos últimos dois anos ditasse o fim de algumas destas tradições já ameaçadas, mas o sucesso desta edição deixa boas perspetivas para o futuro.

 
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