Lar de idosos em Melgaço vai encerrar por “dívidas” superiores a 400 mil euros

Lar de idosos em melgaço vai encerrar por "dívidas" superiores a 400 mil euros
Foto: Facebook

O Lar Dona Paterna, na freguesia de Paderne, Melgaço, encontra-se na “eminência de encerrar”, foi hoje anunciado pela presidente da direção Maria José Fernandes.

Em comunicado, a responsável, que tomou posse há três meses, refere que esta decisão “difícil” se deve à “dificuldade em suportar as acrescidas dívidas que foram surgindo”.

“Em finais de fevereiro de 2024, fomos informados de que o recheio da lavandaria e da cozinha da instituição se encontravam em processo de venda por leilão, situação agravada quando, em março de 2024, a única conta da associação foi bloqueada”, lê-se na nota emitida pela instituição.

A dívida da Associação Social e Cultural Dona Paterna rondava os 280 mil euros em 17 de janeiro de 2024, aquando da tomada de posse desta nova direção. Só que, atualmente, a dívida já se fixa acima dos 400 mil, devido “às diversas dívidas que foram surgindo” e que, como sublinha, não tinham “conhecimento”.

“Ficamos sem acesso da associação para suportar os gastos associados com utentes e colaboradores”, nota.

A direção já encetou esforços junto da Segurança Social e da autarquia local. Na última reunião com a Junta de Freguesia de Paderne e com a Câmara Municipal, a “única” solução apresentada foi a da realização de um “peditório” na freguesia e arredores.

Contudo, a associação considera essa “situação inviável face à dívida existente”.

Por isso, o lar que acolhe 15 idosos deverá mesmo encerrar e despedir os 13 trabalhadores.

“Neste momento, muito dos familiares dos utentes que acolhemos encontram-se no estrangeiro e não apresentam condições para acolher os seus familiares, uma vez que na sua maioria são utentes em situação de dependência e que requerem cuidado diários especializados”, acrescenta Maria José Fernandes.

E conclui: “Lamentavelmente e após esgotar todas as possibilidades, não encontramos condições para dar continuidade a este projeto”.

Como O MINHO noticiou, em 2019, a Polícia Judiciária de Braga realizou buscas domiciliárias e não domiciliárias relacionadas com a gestão desta instituição particular de solidariedade social.

 
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