A Câmara de Viana do Castelo anulou esta quinta-feira o concurso público lançado em junho para a requalificação da escola EB 2.3/S de Barroselas, que fechou deserto de propostas e lançou novo procedimento, aumentando em 16% o valor da empreitada.
O vice-presidente da Câmara da capital do Alto Minho, Vítor Lemos, que presidiu aos trabalhos por ausência do autarca José Maria Costa, disse esperar que “com a correção de 16% no preço da empreitada, as empresas concorram o procedimento agora aprovado”.
“É a primeira vez que um concurso público fecha deserto, apesar de dez empresas terem levantado o caderno de encargos. Manifestaram interesse mas não concretizaram esse interesse com propostas. Fizemos uma reavaliação do projeto e constatamos que algumas obras estavam subavaliadas”, explicou.
Vítor Lemos adiantou que no primeiro concurso público, anulado por unanimidade, a empreitada tinha um preço-base de cerca de 1,5 milhões de euros.
No novo procedimento, também aprovado por unanimidade, o valor dos trabalhos passou para mais de 1,9 milhões de euros.
A obra, financiada pelos fundos do Norte 2020, “integra uma intervenção profunda em três espaços do equipamento escolar, nas áreas desportivas exteriores, nos arranjos exteriores, no pavilhão gimnodesportivo (será totalmente remodelado) e no pavilhão que alberga a cantina, o refeitório, a cozinha e o bar”.
Os restantes pavilhões escolares “serão objeto de intervenção de substituição das coberturas, atualmente em fibrocimento, bem como a impermeabilização e melhoria térmica e energética de todos os edifícios”.
O projeto dá ainda “grande atenção à mobilidade total do acesso aos equipamentos, bem como nas instalações sanitárias, que serão remodeladas e alteradas”.
A Escola Básica e Secundária de Barroselas, na margem esquerda do rio Lima, com mais de 600 alunos, aguarda uma intervenção de fundo desde 2011 para travar as infiltrações de água nas salas de aula, problema que se acentua a cada inverno.
As obras, classificadas como urgentes, chegaram a estar previstas para a fase IV da Parque Escolar, antes de 2011, mas acabaram por nunca sair do papel, com a suspensão daquele programa de requalificação dos edifícios escolares.
Em setembro de 2016, a Câmara de Viana do Castelo assinou um acordo de colaboração com o Ministério da Educação que garantiu o financiamento da empreitada.