O concurso público internacional para a construção da nova estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Braga foi hoje lançado, por 30 milhões de euros, anunciou a empresa municipal Agere.
Em comunicado, a Agere acrescenta que se trata de um investimento “prioritário”, porque permite aumentar a resiliência do Sistema Cidade de Braga, bem como o reforço substancial da capacidade de tratamento instalada.
Paralelamente, permitirá também a divisão dos caudais de descarga em duas bacias hidrográficas (Cávado e Ave), permitindo “corrigir definitivamente os problemas atuais existentes”.
A nova ETAR terá capacidade de tratamento dos efluentes de cerca de 200.000 habitantes, pelo que “irá eliminar as atuais descargas indevidas, constituindom em conjunto com a ETAR de Frossos, a garantia de capacidade de tratamento e de descarga necessárias para o cumprimento da Diretiva Águas Residuais Urbanas no respetivo sistema”.
“Com esta nova ETAR, serão obtidos elevados benefícios ambientais e de saúde pública”, sublinha.
No comunicado, a Agere lembra que a ETAR de Frossos atingiu já o seu horizonte de projeto, quer ao nível de caudais como de cargas poluentes, tendo-se inclusive em determinados períodos superado as condições de dimensionamento, pois não permite encaixar picos de caudal que resultam de condições de elevada pluviosidade, o que gera impactos no meio recetor”.
“Apesar dos elevados investimentos de ampliação e reabilitação realizados na ETAR de Frossos ao longo destes 7 anos (3 milhões de euros), esta apresenta, nas atuais condições de afluência, sérias limitações operacionais”, lê-se ainda no comunicado.
Como O MINHO tem noticiado, a ETAR de Frossos está a causar revolta na população local e das freguesias vizinhas devido ao cheiro nauseabundo que liberta.