A Junta de Freguesia de Fafe colocou um gradeamento metálico numa ponte medieval, alegando razões de segurança, mas o presidente da autarquia já se mostrou disponível para encontrar uma solução que respeite o património.
“Reconheço que a ponte precisava de outro tipo de intervenção e que devia ter falado primeiro com as pessoas que percebem do património, mas a minha principal preocupação era a segurança das pessoas”, justificou-se Paulo Soares.
O presidente da Junta comentava a polémica gerada em torno da intervenção na pequena travessia em granito conhecida como Ponte do Ranha, uma infraestrutura identificada no PDM concelhio como tendo interesse cultural, atendendo à antiguidade e vestígio românico.
Paulo Soares explicou que, quando colocou o gradeamento num dos lados da ponte, correspondeu ao pedido dos residentes na zona, lembrando que na travessia até já havia uma proteção colocada, há alguns anos, por um particular, no lado oposto, sem que então tivesse havido qualquer polémica.
“As pessoas estavam preocupadas com a segurança”, frisou, recordando que algumas crianças atravessavam regularmente a ponte a pé.
O autarca da sede do concelho disse estar já a falar com pessoas ligadas à arquitetura e à arqueologia para encontrar uma solução técnica mais apropriada, mas garantiu que, até lá, por razões de segurança, não retirará o gradeamento.
O presidente da Câmara recusou responsabilidade na situação.
Raul Cunha assinalou que, neste caso, há conflito de dois interesses, o da segurança e o da preservação do património.
Acrescentou que a Câmara está a acompanhar o caso e manifestou disponibilidade para, com a junta de freguesia, tentar encontrar uma solução equilibrada.
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