Julho de 2020 foi o mais quente dos últimos 90 anos (desde 1931), anunciou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em comunicado, aquele organismo aponta que o valor médio da temperatura média do ar, 25,08 graus, foi muito superior ao normal, +2,91 graus.
Já o valor médio da temperatura máxima do ar, 33,34 graus, foi o mais alto desde 1931, com uma anomalia de +4,61 graus.
O valor médio da temperatura mínima do ar, 16,83 graus, com uma anomalia de +1,21 graus, foi o 5º mais alto desde 1931.
Durante o mês os valores de temperatura (média e máxima) do ar foram quase sempre superiores ao normal, destacando-se os dias 05 a 07, 16 e 17 com um valor médio da temperatura máxima do ar no continente superior a 35 graus.
Também a temperatura mínima do ar foi quase sempre superior ao valor normal mensal, destacando-se o dia 17, com um valor médio da temperatura mínima no continente próximo de 20 graus.
Durante o mês ocorreram 3 períodos com onda de calor: 4 a 13 que abrangeu as regiões do interior Norte e Centro; 9 a 18 nas regiões do interior Norte, Centro e Sul; 25 a 31 em especial no interior Norte.
De referir que este mês de julho extremamente quente contribuiu para que o período de janeiro a julho de 2020 fosse o mais quente dos últimos 90 anos.
O valor médio da quantidade de precipitação em julho, 4,0 mm, corresponde a 30 % do valor normal.
Durante o mês verificaram-se condições de instabilidade atmosférica em alguns locais do Centro e Sul do território que originaram a ocorrência de aguaceiros, que foram localmente fortes, por vezes de granizo e acompanhados de trovoada.
Verificou-se um aumento da área em seca meteorológica no território do continente, sendo de realçar as regiões do Baixo Alentejo e Algarve com um aumento de intensidade (classe de seca moderada, pontualmente severa). A distribuição percentual por classes do índice PDSI no território é a seguinte: 8,4 % normal, 71,4 % seca fraca, 19,9 % seca moderada e 0,3 % seca severa.