A chamada fase de produção de prova do julgamento de um alegado gangue que assaltou o banco Santander e uma dezena de vivendas na região do Minho já terminou, faltando apenas as alegações finais do Ministério Público, e dos advogados, de defesa e dos assistentes, as pessoas lesadas com os furtos. Entre estes o realce vai para o defensor do Santander, banco que está lesado, pelo menos em três milhões, quantia que já pagou a vários clientes cujos cofres foram assaltados. O acórdão final deve, assim, «sair» antes do final de novembro.
Nas várias audiências, e conforme O MINHO noticiou, apenas o arguido Rui Fernandes, um dos dez que estão a ser julgados no Tribunal de Braga por terem assaltado uma dezena de vivendas na região do Minho assumiu, sexta-feira, em Tribunal que participou no assalto feito em 2018 à Quinta da Carcaveira, na freguesia de Sá, em Ponte de Lima, mas negou ter participado noutros três assaltos, conforme é descrito na acusação do Ministério Público.
Nesta quinta foram furtados vários móveis e máquinas de jardinagem.
Interrogado pelo Ministério Público e pelo seu advogado, João Ferreira Araújo, Rui Fernandes negou ter feito parte do grupo que se introduziu na casa do cantor e músico, Delfim Júnior, nos Arcos de Valdevez, de onde foram levados 230 mil euros que estavam guardados num saco, e o mesmo afirmou no que toca à intrusão no Restaurante Gaio, em Ponte de Lima, de onde foram «subtraídos» 180 mil euros em dinheiro.
O arguido negou, também, ter entrado numa vivenda na Areosa, Viana do Castelo, de onde foram furtados 300 euros.
Rui Fernandes, que está acusado de quatro crimes de furto qualificado, um de associação criminosa e um de posse de arma proibida – um bastão extensível – não integra o grupo de outros quatro arguidos que terão furtado quatro milhões de euros, em joias e dinheiro dos cofres de clientes no banco Santander, em Braga, pediram ao coletivo de juízes para prestarem depoimento na próxima audiência.
4,7 milhões
Conforme O MINHO tem noticiado, o Ministério Público calcula que, só do banco três dos dez arguidos levaram 2,6 milhões em dinheiro e 400 peças de 52 cofres. Ao todo, quatro milhões.
Em julgamento, estão nove homens – quatro em prisão preventiva e um em domiciliária – e uma mulher, por assaltos ao Santander e a dez vivendas. Eles estão acusados de associação criminosa e furto qualificado, e a mulher, companheira de um deles, apenas por furto.
O grupo está acusado pelo MP de furtar 4,7 milhões, em dinheiro e bens, (sem contabilizar a moeda estrangeira), em dez assaltos a casas e ao Santander, em Braga, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez e Viana do Castelo.
Entre os lesados, com casas assaltadas e carros furtados, estão o empresário Domingos Névoa, o cantor limiano Delfim Júnior, e o médico e antigo atleta do SC Braga, Romeu Maia. A investigação foi da GNR e da PJ do Porto.