Acusado de abuso sexual de crianças e coação sexual. O Tribunal de Braga concluiu, esta quinta-feira, o julgamento de um homem, de 58 anos, de Braga, que está acusado de um crime de abuso sexual de crianças agravado de trato sucessivo, e de um outro de coação sexual.
O Ministério Público diz que o arguido, divorciado, vivia, desde 2016, em Braga, “em condições análogas às dos conjuges com a mãe das duas menores, uma agora com 17 anos e outra com 13, que foram por ele importunadas.
Em 2017, – escreve o magistrado – o arguido, visando alcançar satisfação sexual, apalpou os órgãos genitais das menores. Uma das vezes, ocorreu durante um convívio familiar com churrasco, que ocorreu na casa de um tio das menores. Aí, o arguido sentou-se ao lado da mais nova, então com 11 anos, numas escadas e, apontando para a sua vagina, tocando-lhe nas pernas, disse: “quero ver e quero tocar”. À noite, regressados a casa, e enquantoa mãe tomava banho, foi ao quarto dela e repetiu as mesmas frases, dizendo deixa-me ver. Tentou tirar-lhe as cuecas, mas a menina fugiu para junto da mãe.
Apalpões
Repetiu estes atos criminosos várias vezes, apalpando-lhe a vagina e introduzindo os dedos. Num fim de semana, fez o mesmo à irmã mais velha, numa altura em que a família estava a ver um filme. A adolescente fugiu para o quarto.
O caso foi denunciado à justiça pela mãe das menores, logo que descobriu os crimes.
A acusação – baseada na investigaação criminal da PJ/Braga – salienta que “o arguido tinha a consciência, nos atos que praticou, de que as suas condutas eram socialmente reprováveis e altamente comprometedoras da formação da identidade sexual das menores. Sabia, ainda, que tal procedimento era proibido e penalmente punido. O arguido está impedido de se aproximar da casa ou das escolas que as raparigas frequentam.
O Tribunal vai, dentro de dias, proceder à leitura do acórdão final.