Terminou, ontem, de ser julgado no Tribunal de Braga por cinco crimes de abuso sexual de criança. O coletivo de juízes marcou a leitura do acórdão para dia 25.
O arguido tem 21 anos. Na circunstância, abusou de uma menina de oito anos, com quem tinha relações de parentesco.
A acusação do Ministério Público (MP) diz que, entre março de 2016 e abril de 2017, o homem importunou sexualmente a rapariga quando se encontrava sozinho com ela em casa, quer na do pai e da companheira dela, quer na da avó paterna da menor, neste caso por residir com ela.
Como tinha a confiança da família, ia buscá-la à escola e esperava, em casa, pela chegada do pai ou da avó.
Começou por meter as mãos na vagina e nos seios da criança, e pedia-lhe que lhe mexesse no pénis e nos testículos, aproveitando para se masturbar. Por vezes, escreve o MP, colocava-lhe o órgão sexual na boca e pedia-lhe que a lambesse. Noutras, encostava-o ao ânus e friccionava. Em dezembro de 2016, deitou-se com a menina numa cama e começou a esfregar os dedos na vagina. Dias depois, terá voltado a pôr-lhe o órgão na boca e a pedir-lhe para o friccionar, “o que ela fez”, só tendo parado porque a avó entrou em casa. Em fevereiro de voltou a repetir aqueles atos sexuais. Cinco vezes, ao todo.
No inquérito, o testemunho da menor foi gravado para memória futura. No julgamento, além de perícias médicas, estiveran os familiares a depor contra o arguido.