Os quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha internacional que se dedicava a assaltar ourivesarias no Alto Minho e na zona de Braga ficaram todos em prisão preventiva, segundo determinou, a meio da tarde deste sábado, o Tribunal de Melgaço.
A aplicação da mais restritiva das medidas de coação previstas no Código de Processo Penal resultou não só dos fortes indícios recolhidos pela GNR de Braga e pela Guardia Civil, como pela violência do assalto frustrado a uma ourivesaria, em Valença.
A quadrilha internacional foi desmantelada esta quinta-feira, em Valença, tendo a Polícia Judiciária de Braga assumido já as investigações criminais, que incluem a agressão dos assaltantes a um ourives e dois disparos que atingiram um dos assaltantes.
O quinto suspeito encontra-se internado, com prognóstico reservado, no Hospital de Viana do Castelo, depois dos dois disparos com que foi alvejado por um magistrado do Ministério Público que dirigia a investigação, então sob a alçada da GNR de Braga.
É um grupo internacional liderado por assaltantes de nacionalidade italiana, que estava a ser investigada pela GNR de Braga e pela Guarda Civil de Pontevedra, sabendo-se de antemão que assaltariam uma das ourivesarias situadas no centro de Valença.
Tudo indica que a quadrilha adotou um método diferente do habitual, não só tendo entrado na ourivesaria em funcionamento, como tendo agredido um dos seus proprietários, com uma barra de ferro, situações que logo precipitaram os acontecimentos.
O procurador do Ministério Público, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público de Braga, ao ver o assaltante correr com o mesmo ferro, na sua direção e na de militares da GNR trajando à civil, fez logo dois disparos.
Agora investigação às circunstâncias dos tiros está a cargo da Polícia Judiciária de Braga, com o acompanhamento de um dos procuradores-gerais adjuntos no Tribunal da Relação de Guimarães e de um inspetor do Ministério Público, oriundo do Porto.