A Juventude Social Democrata (JSD) assinalou o seu 44.º aniversário com um “festival político”, ao qual chamou J Summer Fest, este sábado, na praia fluvial do Faial, junto ao rio Cávado, na Vila de Prado, concelho de Vila Verde.
Na iniciativa dos jotas estiveram presentes, entre outros, Rui Rio, líder do PSD, Margarida Balseiro Lopes, presidente da estrutura nacional da JSD, José Manuel Fernandes, eurodeputado e ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Verde e os deputados Rui Silva, também de Vila Verde, Hugo Soares, de Braga, e Jorge Paulo Oliveira, de Vila Nova de Famalicão, todos eleitos pelo círculo de Braga.
A iniciativa, organizada pela primeira vez, contou com campismo gratuito, música, gastronomia regional, praia, desportos náuticos, jogos interativos e atividades políticas.
Rui Rio falou do Orçamento do Estado, de Saúde e de Justiça
No discurso político, Rui Rio falou do Orçamento de Estado para 2019, sublinhando que só é a favor ou contra aquilo que conhece.
“Podem dizer o que quiserem, eu repito o que digo desde pequenino: não sou a favor nem contra aquilo que desconheço. Eu só sou a favor ou contra aquilo que conheço”, referiu em Vila Verde.
Rio acusou ainda o Governo de “irresponsabilidade total” com a redução para 35 horas semanais de trabalho no setor da saúde, sublinhando que quem sofre com a medida são os utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Para Rui Rio, o Governo decidiu reduzir para as 35 horas apenas para ser “simpático” com o Bloco de Esquerda e o PCP, os partidos que viabilizam o atual Governo.
“Somos simpáticos para algumas pessoas e depois o Governo foi antipático para milhões de pessoas, que são os utentes do Serviço Nacional de Saúde”, referiu, acrescentando que esta é “a prova evidente de que esta solução governativa é algo pesada para os portugueses a diversos níveis”.
“O Governo vende a ideia de milagre económico e não há milagre nenhum. E ainda por cima há esta desorganização dos serviços e ainda por cima num setor essencial, como é o Serviço Nacional de Saúde. É muito mau”, defendeu.
Por fim, o líder dos sociais-democratas afirmou que o partido está a “desenhar” uma proposta de reforma da Justiça, para depois ser “trabalhada” por todos os outros partidos de forma a conseguir-se “o maior consenso possível”.
“Espero que todos os partidos estejam imbuídos deste espírito da necessidade de, de uma vez por todas, Portugal arrancar com uma reforma da Justiça”, afirmou.
Para já, o PSD, está a fazer um “diagnóstico” da Justiça, para apontar os objetivos que se pretende alcançar e concertar medidas com os restantes partidos.
“Todos falamos da reforma da Justiça, mas depois, às vezes, estamos todos a falar de coisas diferentes ou a falar de nada”, criticou.
Avisou que a reforma não será para se fazer “em 30 dias nem em 60”, mas sim “com tempo, uma coisa demorada”.
“A última coisa que pretendemos é ser polémicos, nem dentro do PSD nem fora dele. O que queremos é ser o mais consensuais possível, porque estamos a falar de uma reforma vital para Portugal e para o futuro da democracia”, rematou.