Os dois jovens que foram detidos na quarta-feira, pela Polícia Judiciária de Braga, por fortes suspeitas de terem incendiado as instalações de uma empresa, em Ponte de Lima, após os responsáveis da construtora não lhes darem trabalho, ficaram com apresentações periódicas nos postos policiais das áreas de residência, em ambos os casos Ponte de Lima.
A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Braga, deteve os presumíveis autores de crimes de incêndio, de furto qualificado e de dano qualificado, cometidos durante a madrugada de 02 para 03 de dezembro de 2020, dentro dos estaleiros da empresa, situada nos arredores da vila de Ponte de Lima, segundo referiu a PJ de Braga.
Os arguidos, de 23 e 20 anos de idade, que atuaram num quadro de vingança, porque uns dias antes não lhes tinha sido arranjado trabalho, após terem entrado no estaleiro de obras que estava vedado, introduziram-se num contentor de metal que servia de arrecadação e escritório, onde furtaram vários materiais de construção, todos destinados à mesma obra.
Depois, derramaram um líquido inflamável no interior do contentor, e com recurso a chama direta, atearam fogo a esse líquido, pelo que rapidamente as chamas se propagaram a todo o contentor, destruindo-o por completo, segundo diz a Polícia Judiciária de Braga.
Com recurso a um objeto metálico, provocaram danos avultados numa retroescavadora parqueada no interior do estaleiro, sendo que a mesma ficou ainda em risco de incêndio.
As diligências realizadas pela Polícia Judiciária permitiram a recolha e a consolidação de substanciais elementos de prova, que conduziram à detenção fora de flagrante delito dos suspeitos, os quais foram já presentes às autoridades judiciárias competentes, Ministério Público e juiz de instrução criminal, no Palácio da Justiça de Ponte de Lima, onde ambos confessaram os crimes no interrogatório judicial para a aplicação da medidas de coação.