Jovens católicos de todo o mundo aprendem a confecionar tapetes de Viana

Uma simulação da confeção do tapete de sal, número emblemático das festas d’Agonia, em Viana do Castelo, serviu na sexta-feira de elo de ligação entre jovens de todo o mundo com a cultura e tradição da capital do Alto Minho.

A chuva estragou a atividade ao ar livre, inicialmente prevista para a alameda situada em frente ao templo da Senhora d’Agonia, para um pátio coberto do seminário diocesano de Viana do Castelo.

A mudança não retirou o entusiasmo a cerca 500 jovens, surpreendidos com a tradição que se cumpre, todos os anos, desde 1969, sempre de 19 para 20 de agosto, durante a Romaria d’aAgonia que cobre seis ruas da ribeira.

Hoje, o símbolo de devoção dos pescadores à Senhora d’Agonia, foi recriado num tapete com 12 metros de comprimento e dois de largura, com sal tingido de vermelho, verde, branco, azul e amarelo. Cores que onde deram forma ao coração de Viana, ao símbolo das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) às bandeiras do país anfitrião, dos EUA, Reino Unido, Ucrânia e da Polónia.

No seminário, os peregrinos aprenderam alguns passos de folclore e, participaram em ‘workshops’ de confeção de artesanato e produtos locais.

Sofia, de 17 anos, natural da Ucrânia, ficou “fascinada” com a elaboração do tapete de sal de Viana do Castelo, cidade que escolheu por estar próxima do mar e por ter ficado encantada com as imagens do Templo de Santa Luzia que consultou na Internet.

Ansiosa por chegar a Lisboa, Sofia quer “muito” tirar uma fotografia com o Papa Francisco, para mostrar à mãe.

“Em Lisboa, quero experienciar a união da humanidade e, rezar pela paz no meu país”, adiantou a jovem.

Francis, de 19 anos, do Minnesota, nos EUA, está “radiante” por estar a “viver” os costumes e tradições de “uma nova cultura”.

O jovem americano mostrou-se “admirado e fascinado” com a fé e devoção da cidade que classificou como uma “comunidade muito unida, parecida como uma família”.

“É uma cidade única em termos culturais, arquitetónicos e ambientais”, reforçou Francis.

O vianense Gonçalo Queirós, vestido com o traje típico da cidade, não escondeu a “chieira” por ensinar os peregrinos a dançar folclore.

“Quando cheguei ao pé deles, vestido com o nosso traje, ficaram espantados”, afirmou Gonçalo, que está a participar como voluntário nas JMJ para conhecer jovens de outros países e melhorar o inglês.

A visita ao museu do traje de Viana do Castelo foi o que mais agradou a Filip, “encantado com a “cultura colorida” e a beleza do traje tradicional.

“Na Polónia, os trajes não são tão ricos. Os de Viana do Castelo são fabulosos”, reforçou.

O jovem polaco veio às JMJ “para aprender com novas culturas, encontrar novas formas de chegar a Deus e procurar orientação” para a sua vida.

A diocese de Viana do Castelo acolhe cerca de 1.500 jovens, oriundos de 12 países.

Fonte da diocese adiantou que, nos últimos dias, os jovens têm participado em atividades religiosas, percorrendo uma etapa do Caminho de Santiago, sociais, como visitas e lares de idosos, e, culturais.

Os Dias da Dioceses têm como objetivo proporcionar o contacto de milhares de peregrinos de todo o mundo com a cultura, as tradições e a religiosidade de Portugal.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, com a presença do Papa Francisco, de 01 a 06 de agosto.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.

 
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