Vai estar domingo, ao começo da tarde, na Feira do Livro de Braga. Aos 21 anos, Inês Rodrigues, uma jovem estudante da Ponte da Barca editou um romance, intitulado “Uma Chance ao Destino”, já traduzido e publicado em Espanha. O próximo passo será a tradução para o francês e a edição no país dos gauleses.
“O livro aborda a questão do amor-próprio algo fundamental para enfrentarmos os desafios da vida”, disse a O MINHO, adiantando que “relata a história de uma mulher que por muitos anos aceitou uma mão cheia de nada a troco do seu coração, quando subitamente aprendeu que o amor-próprio tinha de prevalecer”.
Apaixonada por ler
E explica: “A personagem conheceu Dinis, numa curva do destino, mas, quando tudo estava bem, sob a pele progredia uma doença potencialmente fatal. Este é sem dúvida um livro para ler e ter perto da alma”.
Inês Rodrigues diz que a obra lhe “surgiu de forma espontânea, não existindo nada de pessoal nesta história. Sempre fui apaixonada por ler, sempre li muito, e eu própria fui a minha professora no que diz respeito à escrita. Acredito que vem do potencial de cada um e diante disso encontrei meios para a prática da escrita ser completamente prazerosa para mim, apontando claro, a lucidez como um caminho a ser explorado para alcançar este objetivo”.
E, prosseguindo, diz: “Fui aprendendo que é necessário escrever o mais possível como se falasse. Tenho a ideia de que nós jovens devemos cada vez mais expor as nossas ideias e opiniões, no meu caso realço claramente a importância do amor-próprio no livro”. Acredito que o que é escrito não se perde e por isso torna-se mais fácil fazer os outros ouvir”.
Ainda sobre a sua motivação para a escrita, Inês Rodrigues sublinha: “a simpatia que possuo pela escrita sobre o amor, é porque acredito, e quero muito continuar a acreditar que é o amor que nos mantém vivos e que nos move, seja ele de que natureza for”.
E a concluir: “Durante o processo de elaboração do livro cresci muito, a mulher que sou hoje já não é aquela menina que escreveu a primeira palavra do livro. À maneira que ia escrevendo, ia-me apercebendo da importância do amor, a importância de ter as pessoas certas sempre ao nosso lado. A grande lição que tiro deste livro é: “ Prefiro ser do que ter”. Faz-me bem escrever, liberta-me, abstraio-me de qualquer problema, posso dizer que sou completamente apaixonada por isto”.