Um estudante de Fafe, de 31 anos, esteve preso durante dois anos e meio por um crime que não cometeu. Agora pede ao Estado um indemnização de meio milhão de euros alegando “danos psicológicos gravíssimos”.
Armindo Castro foi condenado em 2012 a 20 anos de prisão pelo homicídio da tia, Odete Castro, em Joane, Famalicão.
No entanto, dois anos depois, um homem viria assumir ter sido ele o autor do crime. Armindo foi absolvido em Janeiro do ano passado mas as coisas não voltariam a ser as mesmas.
Sem um simples pedido de desculpas por parte do Estado, o jovem fafense decidiu avançar com um pedido de indemnização “para reparar este erro crasso” da justiça portuguesa.
O pedido já entrou, através do advogado, no Tribunal de Guimarães.
Recorde-se que o homicídio foi cometido por um casal de vizinhos, Artur Gomes e Júlia Lobo, já condenados a penas de 20 e 18 anos de prisão.
Durante a investigação inicial, Armindo Castro confessou o crime e fez até uma reconstituição do homicídio mas viria a confessar que o fez pressionado e ameaçado e temendo que a mãe pudesse ser presa.