Tinha 17 anos de idade quando abusou sexualmente de uma sobrinha de dez. O Tribunal de Braga considerou que os crimes foram muito graves, já que afetaram o desenvolvimento da criança e condenou-o a seis anos de prisão efetiva por quatro crimes de abuso sexual de criança. Mas o arguido ainda pode recorrer para a Relação de Guimarães.
O coletivo de juízes deu como provado que o arguido, que entre 2010 e 2012, esteve institucionalizado no Porto, foi, no verão de 2009, passar uns dias de férias a casa de um irmão, em Amares, o pai da vítima.
Aí começou a abordar a menina, pondo-a ao colo, apalpando-a e despindo-se da cinta para baixo.
Tal sucedeu mais duas vezes, neste caso levando-a para o quarto e praticando atos sexuais de relevo com ela, ainda que sem cópula.
Em 2011, quando a criança tinha 11 anos, ele voltou a ir passar uns dias a casa do irmão, que, entretanto, mudara de casa no mesmo concelho, e os atos repetiram-se: levou-a para o quarto, só que, desta vez, introduziu-lhe o pénis na vagina. A menor começou a chorar e ele tapou-lhe a boca para que se não ouvisse.
O acórdão refere que a menina tinha medo que o arguido também atacasse a irmã mais nova, tendo-a protegido quando ele entrou numa noite, com os pais ausentes, no quarto delas.
A mãe da rapariga acabou por descobrir os abusos e a Polícia Judiciária de Braga investigou-os. O Tribunal considerou que o arguido afetou a autodeterminação sexual da sobrinha, ofendeu a sua integridade psicológica e emocional e prejudicou o seu desenvolvimento psicossexual.
O jovem, que ainda pode recorrer da pena, foi imigrante na Inglaterra e divorciou-se recentemente.