Os Sapadores Bombeiros de Braga salvaram, na última noite, um jovem casal que estava isolado, nas águas do rio Cávado, na praia do Cavadinho, em Braga, desesperado com a subida rápida e constante do nível caudal naquele curso.
Aquando da intervenção dos operacionais, uma jovem, “cercada” pela água, estava já em início de hipotermia, sendo-lhe colocada uma manta térmica, acabando por não ser preciso conduzi-la ao Serviço de Urgência do Hospital de Braga.
A Equipa de Águas Bravas dos Sapadores Bombeiros de Braga foi ativada cerca das 21:45 de segunda-feira, para a situação de um casal, a mulher de27 anos e o homem e 29, ambos residentes em Braga, cada vez mais “cercados” pelo rio Cávado.
Com as descargas de água da Barragem da Caniçada, que costumam ocorrer nos dias úteis durante a noite, subitamente ficam submersas as chamadas “ilhotas”, às quais se acede por pequenos penedos, deixando de ser uma “ponte” entre as duas margens.
Foi o que acontece esta noite, levando a que, quando se viram isolados e com as águas muito frias e a subirem cada vez mais, os jovens pediram socorro, por telemóvel, tendo sido logo acionados os especialistas naquele tipo de resgates em águas bravas.
Militares do Posto de Braga da GNR estiveram desde o início a colaborar na operação e depois foram identificar o casal, procurando saber se tinham perdido algum pertence e se precisavam de ajuda, tendo registado a ocorrência.
A partir do alerta para o 112, coube o acionamento dos meios adequados, pelos operadores do Comando Subregional de Braga da Autoridade Nacional de Emergência e de Proteção Civil, sediado em Braga.
O comandante dos Sapadores Bombeiros de Braga, Nuno Osório, que liderou as operações de socorro e salvamento, enalteceu “a eficiência dos operacionais, que demorando o tempo necessário, foram eficazes, atuando sempre com a segurança”.
Segundo constatou O MINHO no local daquela ocorrência, na recentemente renovada praia fluvial do Cavadinho, em Crespos, Braga, foram precisas quase duas horas para se retirar com segurança o jovem casal, que reside no concelho de Braga.
É que havia dois segmentos de passagem entre a penedia fluvial que tinham de ser transpostos, por cabos de alta segurança, já depois de dois dos sapadores bombeiros passarem, eles próprios para junto do casal, colocando-lhe os arneses e outro material.
Enquanto iam sossegando ambos os jovens, já que o fator psicológico é muito importante, num local frio e muito escuro, com cerca de três metros de profundidade e correntes sempre muito fortes sujeitando a arrastar tudo e todos, o trabalho realizou-se.
No final do resgate do casal, são e salvo, os operacionais que por sua vez tinham sido projetados para junto do casal, tiveram, eles próprios, de ser retirados, com o mesmo sistema de cordas e duplos procedimentos de segurança, para a margem esquerda.
A Equipa de Águas Bravas do Batalhão de Sapadores, que nos últimos meses foi reequipada e redimensionada, é agora uma das mais-valias daquela unidade de socorro e salvamento, pronta a atuar em qualquer teatro de operações, em Braga e não só.