Foi operado, ontem, no Hospital de Braga, mas continua internado, em estado grave de saúde, na Unidade de Cuidados Intensivos, Carlos Galiano, de 25 anos, que foi baleado na terça-feira de madrugada, no bairro do Fujacal, com dois tiros de pistola, que o atingiram no abdómen. A cirurgia visou extrair-lhe uma das balas que se alojou junto a uma vértebra cervical.
Fonte ligada ao processo disse a O MINHO que o agressor, de nome Luís e alcunha “Max”, vai ser esta tarde levado pela Polícia Judiciária (PJ) de Braga ao juiz de instrução do Tribunal de Guimarães, para aplicação de medidas de coação.
“Max” entregou-se, no dia do crime, à tarde, na PSP de Braga, tendo confessado e dito que tinha umas contas a ajustar. Os dois são de Amares, o Carlos de Bouro Santa Maria e o Luís, de Lago. Cresceram de forma normal e convivendo, jogaram futebol em clubes da zona do Cávado, mas, no final da adolescência, meteram-se nas drogas leves. Acabaram julgados e condenados no Tribunal de Braga, por tráfico de menor gravidade, a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa. Este facto levou a que se tenha posto a hipótese de que o Carlos poderia ter denunciado o Max, mas tal não sucedeu no dito processo judicial, nem no inquérito criminal que o antecedeu, conforme se confirma no acórdão condenatório. A ter havido denúncia ela terá sido posterior ao julgamento.
Na altura do crime, o Max estava acompanhado de outro homem, mas que não teve parte ativa no crime. De seguida, deitou a pistola fora, tendo dito que a atirou para o rio Este.
O agressor, que esteve emigrado em França após o julgamento, vive em Braga, num apartamento da mãe.
Julgamento
Conforme O MINHO noticiou, o Tribunal de Braga condenou, em janeiro, a penas que vão de cinco anos a um ano e meio de prisão, 15 dos 16 arguidos julgados por tráfico de droga. Um foi absolvido. As penas ficaram suspensas.
Os arguidos, entre os quais estavam o Max e o Galiano, foram considerados culpados de tráfico de droga de menor gravidade.
O grupo fora acusado pelo Ministério Público de traficar droga – canábis (resina), heroína, cocaína e MDMA, para consumo ou revenda – em Amares, Terras de Bouro, Vila Verde, Braga, Póvoa de Lanhoso, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Famalicão e Porto.