O canoísta português José Ramalho conquistou hoje a sua terceira prata na prova de K1 em mundiais de maratonas, considerando que nada mais podia fazer, ficando a escassos 1,10 segundos do ouro após 29,800 metros no rio Lima.
“É verdade, é a terceira vez. Já tenho 40 anos. Voltei a ser (vice-campeão do Mundo), mas não posso ser ingrato. Durante a prova, houve um ou dois momentos em que vacilei, pensei que tinha as coisas mal paradas, tive altos e baixos. Mesmo em segundo, acabei num alto, até pensando que tinha a prova controlada na parte final, pois senti-me mais forte do que eles. Posso ter pagado a fatura por defender demasiados ataques. Não alterava nada na prova que fiz, acho que correu tudo bem”, disse.
No sprint final, impôs-se o sul-africano Andrew Birket, com o tempo de 2:08.25,94 horas, logo seguido de José Ramalho e do dinamarquês Mads Pedersen, a 1,42 segundos.
O sete vezes campeão da Europa nunca conquistou o ouro mundial, diversas vezes por azares, alheios ao seu desempenho.
“Desta vez não andei à rasca com o barco partido (risos). Quinta-feira, eu estava fora do barco e ele virou-se sozinho, parecia que não queria continuar a prova. Hoje, correu tudo de feição, de início algumas dificuldades, foi uma regata muito forte e no final toda a gente pagou um pouco pelo início extremamente elevado”, analisou.
Domingo, uma nova oportunidade para voltar ao pódio, quando fizer K2 com Fernando Pimenta, que hoje foi quinto classificado depois de ter vencido, na quinta-feira, a short race.
“É a primeira prova internacional que vamos fazer em K2, a segunda juntos (depois da seletiva nacional). O barco anda muito bem, mas nunca se sabe. É mais uma prova, um objetivo dos dois. Estamos bem treinados, com a cabeça no sítio, vamos dar tudo. Seja qual for o resultado, quando acabarmos não vai haver Fernando ou Ramalho no final, será até ficarmos com a língua de fora”, concluiu.
Os Mundiais de maratonas juntam em Ponte de Lima 890 canoístas, oriundos de 36 países.