O experiente canoísta José Ramalho assumiu hoje “responsabilidade acrescida” para conquistar medalhas nos Europeus de maratonas, esperando subir ao pódio mais do que uma vez, incluindo para o oitavo título na distância longa de K1.
“Para ficar mesmo satisfeito seriam três vitórias, mas, como é óbvio, temos que perceber que existem imensos atletas com grande capacidade e por isso vai ser uma luta bastante elevada em todas as provas”, disse, em declarações à Lusa.
Quinta-feira, José Ramalho vai participar na ‘short race’, de apenas 3,4 quilómetros, no sábado faz a distância longa de K1, nomeadamente 29,8 quilómetros que repetirá no domingo, em K2, agora na companhia de Fernando Pimenta, com quem faz a dupla atual campeã da Europa e do Mundo.
“Faz parte da competição, um dia rivais e no seguinte fazermos equipa. Somos ambos muito ambiciosos e competitivos, pelo que a seleção e Portugal só têm a ganhar com isso”, vincou.
Aos 42 anos, José Ramalho é um exemplo de longevidade e uma referência internacional nesta vertente da canoagem, fruto dos sete títulos europeus na distância longa de K1, em 2011, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2021, além de três de prata, em 2009, 2013 e 2024, apesar de lhe faltar o cetro mundial, competição na qual tem vários pódios.
“Há uma responsabilidade crescida pelo facto destes Europeus serem em Portugal. Como é óbvio, lutar pelas medalhas é sempre o objetivo principal”, frisou, com a confiança de quem fez uma “boa preparação”.
José Ramalho é um bom conhecedor do traçado de Ponte de Lima, no qual voltou recentemente a sagrar-se campeão nacional.
“É um circuito muito bom, pelo menos para mim. O facto da portagem ser na areia e não ser em plataforma, como agora é hábito, é como eu gosto, mais prático. Sabermos exatamente como é o percurso, pelo que conhecimento que temos do mesmo, também é uma vantagem para os portugueses”, assume.
Portugal apresenta-se nos europeus de Ponte de Lima com um total de 42 canoístas, que integram o grupo de cerca de 250 competidores em representação de 26 países.
